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sábado, 13 de dezembro de 2025

ADORAÇÃO EUCARISTICA 18 DEZEMBRO 2025

 




 

IV Domingo do advento

 

Canto de exposição ao Santíssimo

Motivação do coordenador pastoral ou do ministro

Momento de silencio

Leitura da Bíblia: (Mt 1, 18-24)

18 A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19 José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. 20 Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: "José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21 Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados". 22 Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23 "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco". 24 Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado, e aceitou sua esposa.

Momento de silencio

Canto de meditação

Silencio

Leitura Patrística:  São Beda, o Venerável. Sermão V na Vigília do Natal

Ó grande e insondável mistério!

 

Em poucas palavras, porém cheias de realismo, o evangelista São Mateus descreve o nascimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pelo qual o Filho de Deus, eterno antes do tempo, apareceu no tempo como Filho do homem. Conduzindo o evangelista à sucessão genealógica, partindo de Abraão até chegar a José, o esposo de Maria, e enumerar - conforme o modo costumeiro de narrar as gerações humanas - a totalidade seja dos genitores como dos gerados, e dispondo-se a falar do nascimento de Cristo ressaltou a enorme diferença que existe entre ele e os demais nascimentos: os outros nascimentos ocorrem através da união normal do homem e da mulher, enquanto que Ele, por ser o Filho de Deus, veio ao mundo através de uma Virgem. E era conveniente sob todos os aspectos que Deus, ao decidir tornar-se homem para salvar os homens, não nascesse senão de uma virgem, pois era impensável que uma virgem não gerasse a nenhum outro, senão a um que, sendo Deus, ela o gerasse como Filho.

Eis que, disse o profeta, a Virgem conceberá, e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel (que significa “Deus conosco”). O nome que o profeta dá ao Salvador, “Deus conosco”, indica a dupla natureza de sua única pessoa. Na verdade, aquele que é Deus nascido do Pai antes de todos os séculos, é o mesmo que, na plenitude dos tempos, tornou-se, no seio materno, no Emanuel, isto é, em “Deus conosco”, porque se dignou assumir a fragilidade de nossa natureza na unidade de sua pessoa, quando a Palavra se fez carne e habitou entre nós, isto é, quando de modo admirável começou a ser o que nós somos, sem deixar de ser o que era, assumindo de tal forma nossa natureza que não ficasse obrigado a deixar de ser o que Ele era.

Maria deu à luz, pois, a seu filho primogênito, isto é, ao filho de sua própria carne. Deu à luz aquele que, antes da criação, nasceu Deus de Deus, e na humanidade, na qual foi criado, superava superabundantemente a toda criatura. E ele lhe pôs, diz, o nome de Jesus. Jesus é o nome do Filho que nasceu da Virgem; nome que significa - conforme a explicação angélica - que Ele salvaria o seu povo dos seus pecados. E aquele que salva dos pecados salvará do mesma forma das corrupções da alma e do corpo, que são sequelas do pecado.

 A palavra “Cristo” designa a dignidade sacerdotal ou régia. Na lei, tanto os sacerdotes como os reis eram chamados “cristos” pela crisma, isto é, pela unção com o óleo sagrado: Eram um sinal de alguém que, ao manifestar-se no mundo como verdadeiro Rei e Pontífice, foi ungido com o óleo de júbilo entre todos os seus companheiros.

Devido a esta unção ou crisma, é chamado Cristo; aos que participam desta unção, ou seja, desta graça espiritual, são chamados de “cristãos”. Que Ele, por ser nosso Salvador, nos salve de nossos pecados; enquanto Pontífice nos reconcilie com Deus Pai; na sua qualidade de Rei, digne-se conceder-nos o reino eterno de seu Pai, Jesus nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina e é Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

 

 

Silencio

Canto de meditação

Silencio

Preces espontâneas (o ministro convida a partilhar pedidos a voz alta)

Pai nosso

Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.

 

 

 


sábado, 6 de dezembro de 2025

ADORAÇÃO EUCARISTICA 8-14 DEZEMBRO 2025

 





III domingo advento/A

 

Canto de exposição ao Santíssimo

Motivação do coordenador pastoral ou do ministro

Momento de silencio

Leitura da Bíblia: Mt 11,2-11

Naquele tempo, 2 João estava na prisão. Quando ouviu falar das obras de Cristo, enviou-lhe alguns discípulos, 3 para lhe perguntarem: "És tu, aquele que há de vir, ou devemos esperar um outro?" 4 Jesus respondeu-lhes: "Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: 5 os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados. 6 Feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim!" 7 Os discípulos de João partiram, e Jesus começou a falar às multidões, sobre João: "O que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 8 O que fostes ver? Um homem vestido com roupas finas? Mas os que vestem roupas finas estão nos palácios dos reis. 9 Então, o que fostes ver? Um profeta? Sim, eu vos afirmo, e alguém que é mais do que profeta. 10 É dele que está escrito: 'Eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele vai preparar o teu caminho diante de ti'. 11 Em verdade vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele".

Momento de silencio

Canto de meditação

Silencio

Leitura Patrística:  Santo Ambrósio Exposição sobre o Evangelho de Lucas

És tu o que virá ou devemos esperar outro?

 

João enviou dois dos seus discípulos para perguntar a Jesus: És tu aquele que virá ou devemos esperar outro? Não é fácil a compreensão destas palavras simples, ou, do contrário, este texto estaria em desacordo com o que foi dito anteriormente. Na realidade, como João pode afirmar aqui que desconhece a quem anteriormente havia reconhecido por revelação de Deus Pai? Como é que naquela ocasião conheceu o que previamente desconhecia, enquanto que agora parece desconhecer ao que já conhecia antes? Eu - disse ele - não o conhecia, porém aquele que me enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires baixar o Espírito Santo... E João acreditou no oráculo, reconheceu aquele que foi revelado, adorou o que foi batizado e profetizou sobre o enviado dizendo: E eu o vi e dou testemunho de que este é o escolhido de Deus. Portanto, como aceitar sequer a possibilidade de que tão grande profeta tenha se equivocado, até o ponto de não considerar como Filho de Deus àquele de quem tinha afirmado: Este é o que tira o pecado do mundo?

Por conseguinte, já que a interpretação literal é contraditória, busquemos o seu sentido espiritual. João, como já afirmamos, era tipo da lei precursora de Cristo. E é correto afirmar que a lei - acorrentada materialmente como estava nos corações dos que não têm fé, como em cárceres privados da luz eterna, e constrangida por entranhas fecundas em sofrimentos e insensatez -, era incapaz de levar a pleno cumprimento o testemunho da divina economia sem a garantia do Evangelho. Por isso João envia a Cristo dois de seus discípulos, para conseguir um complemento de sabedoria, visto que Cristo é a plenitude da lei.

Além do mais, sabendo o Senhor que ninguém consegue ter uma fé plena sem o Evangelho - sendo que a fé começa no Antigo Testamento, mas não se consuma senão no Novo -, da pergunta sobre sua própria identidade, responde não com palavras, mas com fatos: Ide, disse ele, anunciar a João o que estais vendo e ouvindo: os cegos veem e os paralíticos andam, os leprosos ficam limpos e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres lhes é anunciada a boa notícia. Contudo, estes exemplos mencionados pelo Senhor ainda não são os definitivos. A plenificação da fé é a cruz do Senhor, sua morte e sua sepultura. Por isso, completa suas afirmações anteriores dizendo: E feliz daquele que não se escandaliza por causa de mim!

É verdade que a cruz se apresenta como motivo de escândalo inclusive para os escolhidos, porém, também é verdade que não existe maior testemunho de uma pessoa divina, nada há mais sublime que a total oblação de um só pela salvação do mundo. Só este fato o corrobora plenamente como Senhor. Dizendo de outra forma, é assim que João o designa: Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Na verdade, esta resposta não está dirigida apenas para aqueles homens, discípulos de João: vai dirigida a todos nós, para que creiamos no Cristo baseados nos fatos.

Então, o que fostes ver? Um profeta? Sim, eu vos digo, e alguém que é mais do que profeta. Porém, como é que queriam ver a João no deserto, se estava preso na cadeia? O Senhor nos propõe como modelo aquele que lhe havia preparado o caminho, não só precedendo-o por seu nascimento segundo a carne e anunciando-o com a fé, mas também lhe antecipando com sua gloriosa paixão. Sim, mais do que um profeta, já que é ele quem encerra a sucessão dos profetas; mais do que um profeta, já que muitos desejaram ver a quem ele profetizou, a quem ele contemplou, a quem ele batizou.

 

 

Silencio

Canto de meditação

Silencio

Preces espontâneas (o ministro convida a partilhar pedidos a voz alta)

Pai nosso

Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.

 

 

 


domingo, 30 de novembro de 2025

ADORAÇÃO EUCARISTICA 4 dezembro 2025

 




II  domingo do Advento /A

 

Canto de exposição ao Santíssimo

Motivação do coordenador pastoral ou do ministro

Momento de silencio

Leitura da Bíblia: Mt 3,1-12

1 Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia: 2 "Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo". 3 João foi anunciado pelo profeta Isaías, que disse: "Esta é a voz daquele que grita no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas!" 4 João usava uma roupa feita de pelos de camelo e um cinturão de couro em torno dos rins; comia gafanhotos e mel do campo. 5 Os moradores de Jerusalém, de toda a Judéia e de todos os lugares em volta do rio Jordão vinham ao encontro de João. 6 Confessavam os seus pecados e João os batizava no rio Jordão. 7 Quando viu muitos fariseus e saduceus vindo para o batismo, João disse-lhes: "Raça de cobras venenosas, quem vos ensinou a fugir da ira que vai chegar? 8 Produzi frutos que provem a vossa conversão. 9 Não penseis que basta dizer: 'Abraão é nosso pai', porque eu vos digo: até mesmo destas pedras Deus pode fazer nascer filhos de Abraão. 10 O machado já está na raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e jogada no fogo. 11 Eu vos batizo com água para a conversão, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. Eu nem sou digno de carregar suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 12 Ele está com a pá na mão; ele vai limpar sua eira e recolher seu trigo no celeiro; mas a palha ele a queimará num fogo que não se apaga".

Momento de silencio

Canto de meditação

Silencio

Leitura Patrística:  Santo Agostinho. Sermão 109

Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus

 

Escutamos o Evangelho, e no Evangelho ao Senhor revelando a cegueira daqueles que são capazes de interpretar o aspecto do céu, porém são incapazes de discernir o tempo da fé em um Reino dos Céus que já está chegando. Ele dizia isto aos judeus, mas as suas palavras afetam também a nós. E o próprio Jesus Cristo começou a pregação de seu Evangelho desta forma: Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus. Da mesma forma João o Batista, seu Precursor, começou assim: Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus. E agora o Senhor corrige aqueles que se negam a converterem-se, já estando próximo o Reino dos Céus. O Reino dos Céus - como Ele mesmo afirma - não virá de uma maneira surpreendente. E acrescenta: O Reino de Deus está no meio de vós.

Que cada um receba com prudência as advertências do Precursor, se não quer perder a hora da misericórdia do Salvador, misericórdia que se concede no contexto atual, em que ao gênero humano se oferece o perdão. Precisamente ao homem se presenteia o perdão para que se converta e não exista a quem condenar. Isto Deus decidirá quando chegue o fim do mundo; mas de momento nos encontramos no tempo da fé. Se o fim do mundo encontrará ou não aqui a alguns de nós, eu o ignoro; possivelmente não encontre a nenhum. O certo é que o tempo de cada um de nós está próximo, porque somos mortais. Andamos no meio de perigos. Assustam-nos mais as quedas do que se fôssemos de vidro. E existe algo mais frágil do que um vaso de cristal? Mas, contudo, conserva-se e dura séculos. E mesmo que se possa temer a queda de um vaso de cristal, não existe medo de que a velhice ou a febre o afete.

Somos, portanto, mais frágeis do que o cristal, porque devido, sem dúvida, a nossa própria fragilidade, cada dia nos espreita o temor dos numerosos e constantes acidentes inerentes à condição humana; e ainda que estes temores não cheguem a se concretizar, o tempo corre: e o homem que pode evitar um golpe, poderá também evitar a morte? E se consegue escapar dos perigos exteriores, conseguirá evitar também os que vêm de dentro? Algumas vezes são os vírus que se multiplicam no interior do homem, outras é a enfermidade que se abate subitamente sobre nós; e mesmo que o homem consiga ver-se livre destas taras, a velhice acabará finalmente por chegar a ele, se moratória possível.

 

 

Silencio

Canto de meditação

Silencio

Preces espontâneas (o ministro convida a partilhar pedidos a voz alta)

Pai nosso

Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.

 

sábado, 22 de novembro de 2025

ADORAÇÃO EUCARISTICA 27 NOVEMBRO 2025

 




Primeiro domingo do Advento/A

 

Canto de exposição ao Santíssimo

Motivação do coordenador pastoral ou do ministro

Momento de silencio

Leitura da Bíblia: Mt 24, 37-44

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: 37 "A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. 38 Pois nos dias, antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. 39 E eles nada perceberam até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. 40 Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. 41 Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada. 42 Portanto, ficai atentos! porque não sabeis em que dia virá o Senhor. 43 Compreendei bem isso: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. 44 Por isso, também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá".

Momento de silencio

Canto de meditação

Silencio

Leitura Patrística:  Santo Efrém. Comentário sobre o Diatessaron

Vigiai: Cristo virá de novo

 

Para impedir qualquer pergunta de seus discípulos a respeito do seu advento, Cristo disse: Essa hora ninguém o sabe, nem os anjos, nem mesmo o Filho; e não vos cabe conhecer os dias e os tempos. Ele quis ocultar-nos isto para que permaneçamos vigilantes, e para que cada um de nós possa pensar que esse acontecimento sobrevirá durante a sua vida. Se o tempo de seu retorno tivesse sido revelado, sua vinda seria vã, e as nações e os séculos em que ela acontecerá já não mais a desejariam. Ele disse com muita clareza que virá, mas não precisou em que momento. Desta forma, todas as gerações e épocas da história o esperam ardentemente.

Mesmo que o Senhor tenha dado a conhecer os sinais de sua vinda, não fica claro quando acontecerá, pois estes sinais, submetidos a uma troca constante, tanto têm aparecido como já passaram, e, podemos dizer mais, eles ainda continuam. A última vinda do Senhor, de fato, será semelhante à primeira, pois, do mesmo modo que os justos e os profetas o desejavam, crendo que ele apareceria na sua época, assim cada um dos atuais fieis deseja recebe-lo na sua, porque Cristo não revelou o dia de sua aparição. E não o revelou para que ninguém pense que ele - que é soberano do decurso e do tempo - está submetido a algum imperativo ou a alguma hora. O que o próprio Senhor estabeleceu, como poderia lhe estar oculto, visto que pessoalmente detalhou os sinais de sua vinda? Estes sinais foram destacados para que, desde então, todos os povos e todas as épocas pensassem que o advento de Cristo se realizaria em sua própria época.

Velai, portanto, quando o corpo dorme, porque nesta ocasião é a natureza quem vos domina, e nossa atividade não se encontra dirigida pela vontade, mas pelos impulsos da natureza. E quando reina sobre a alma um pesado torpor, por exemplo, a pusilanimidade ou a melancolia, é o inimigo que domina a alma e a conduz contra sua aspiração natural. Apropria-se do corpo a força da natureza, e da alma o inimigo.

Por isso nosso Senhor falou da vigilância da alma e do corpo, para que o corpo não caia em um pesado torpor, nem a alma no entorpecimento e temor, como diz a Escritura: Despertai, como é justo; e também: Eu me levantei e esteou contigo; e ainda: Não vos acovardeis. Por tudo isso, nós, encarregados deste ministério, não nos acovardamos.

 

 

Silencio

Canto de meditação

Silencio

Preces espontâneas (o ministro convida a partilhar pedidos a voz alta)

Pai nosso

Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.

 

 

 

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

ADORAÇÃO EUCARISTICA 20 novembro 2025

 




Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, Solenidade

 

 

Canto de exposição ao Santíssimo

Motivação do coordenador pastoral ou do ministro

Momento de silencio

Leitura da Bíblia: Lc 23, 35-43

Naquele tempo, 35 os chefes zombavam de Jesus dizendo: "A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!" 36 Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre, 37 e diziam: "Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!" 38 Acima dele havia um letreiro: "Este é o Rei dos Judeus." 39 Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: "Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!" 40 Mas o outro o repreendeu, dizendo: "Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? 41 Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal". 42 E acrescentou: '"Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado." 43 Jesus lhe respondeu: "Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso".

 

Momento de silencio

Canto de meditação

Silencio

Leitura Patrística:  São João Crisóstomo. Sermão sobre a cruz e o ladrão

A cruz, símbolo do reino

 

Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino. Não teve a audácia de dizer: lembra-te de mim quando entrares no teu reino, antes de ter destituído pela confissão o peso dos seus pecados. Percebes a importância da confissão? Confessou-se e abriu o paraíso. Confessou-se e tal confiança lhe penetrou que, de ladrão, passou a pedir o reino. Vês quantos benefícios nos alcança a cruz? Pedes o reino? E o que vês que o recomende a ti? Diante de ti tens os cravos e a cruz. Sim, porém esta mesma cruz - diz - é o símbolo do reino. Por isso o chamo rei, porque o vejo crucificado: já que é próprio de um rei morrer pelos seus súditos. Ele mesmo o disse: O bom pastor dá a vida pelas ovelhas; portanto, o bom rei dá a vida pelos seus súditos. E visto que realmente deu a sua vida, por isso o chamo rei: Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino.

Vês como a cruz é o símbolo do reino? Queres outra confirmação desta verdade? Não a deixou na terra, mas a tomou e a levou consigo ao céu. E como me demonstras isto? Muito simples: porque naquela sua gloriosa e segunda vinda aparecerá com ela, para que aprendas que a cruz é algo digno de honra. Por isso a chamou sua “glória”.

Mas vejamos como ele virá com a cruz, pois neste tema convém pôs as cartas viradas para cima. Diz o Evangelho: Se insistirem: “Vede, Cristo está no porão”, não creias neles; “vede, que está no deserto”, não vá. Ele falava deste modo de sua segunda vinda em glória, prevenindo-nos contra os falsos cristos e contra o anticristo, para que ninguém, seduzido, caísse em seus laços.

Como antes de Cristo deve aparecer o anticristo, para que ninguém, buscando o pastor, caia nas mãos do lobo, por isso te deu um sinal para que identifiques a vinda do pastor. Pois como a primeira vinda foi anônima, para que não penses que a segunda ocorrerá de maneira semelhante, te deu esta contrassenha. E com razão a primeira vinda a realizou como desconhecido, pois veio buscar o que estava perdido. Mas a segunda não será assim. Então, como? Porque assim como o relâmpago sai do oriente e brilha até o ocidente, assim ocorrerá com a vinda do Filho do Homem. Imediatamente será manifesto a todos, e ninguém terá que perguntar se Cristo está aqui ou está ali.

Assim como quando brilha o relâmpago não é necessário perguntar se ele ocorreu ou não, assim também na vida de Cristo: não será necessário indagar se Cristo veio ou não veio. Porém, o problema era se aparecerá com a cruz, pois não nos esquecemos do prometido. Escuta, pois, o que segue. Então, diz. Então, mas quando? Quando vier o Filho do Homem o sol se escurecerá, a lua não brilhará. Naquele dia será tal a intensidade da luz que se escurecerão até as estrelas mais luminosas. Então as estrelas cairão; então brilhará no céu o sinal do Filho do Homem. Vês qual é o poder do sinal da cruz?

E assim como um rei ao fazer a sua entrada na cidade, os soldados lhe precedem levando as insígnias do soberano, precursoras de sua chegada, assim também, ao descer o Senhor dos céus, lhe precederão os exércitos de anjos e arcanjos erguendo o glorioso estandarte da cruz, e anunciando-nos desta maneira sua entrada real.

Silencio

Canto de meditação

Silencio

Preces espontâneas (o ministro convida a partilhar pedidos a voz alta)

Pai nosso

Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.

 

sábado, 8 de novembro de 2025

ADORAÇÃO EUCARISTICA 13 NOVEMBRO 2025

 




XXXIII Domingo do Tempo Comum

Canto de exposição ao Santíssimo

Motivação do coordenador pastoral ou do ministro

Momento de silencio

Leitura da Bíblia: Lc 21, 5-19

Naquele tempo, 5 algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: 6 "Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído". 7 Mas eles perguntaram: "Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?" 8 Jesus respondeu: "Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu!' e ainda: 'O tempo está próximo.' Não sigais essa gente! 9 Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim.' 10 E Jesus continuou: "Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11 Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu. 12 Antes, porém, que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. 13 Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. 14 Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; 15 porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. 16 Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. 17 Todos vos odiarão por causa do meu nome. 18 Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. 19 É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!"

Momento de silencio

Canto de meditação

Silencio

Leitura Patrística:  São Cirilo de Jerusalé- Catequese batismal 15

Virá, portanto, dos céus nosso Senhor Jesus Cristo

Virá, portanto, dos céus nosso Senhor Jesus Cristo. Certamente virá para o fim do mundo, no último dia, com glória. Então se realizará a consumação deste mundo, e este mundo, que foi criado ao princípio, será outra vez renovado. Pois já que a corrupção, o furto, o adultério e todos os tipos de pecados se derramaram sobre a terra e algumas vezes se derrama sangue, desaparecerá este mundo presente para que esta morada não se encha de iniquidade, e para suscitar outro mais belo.

Queres ver uma demonstração disto a partir da Sagrada Escritura? Ouve o profeta Isaías: Os céus se enrolam como um livro, e todo o exército tombará, como cai da vinha a folha morta, como deixa a figueira o verdor emurchecido. E o Evangelho diz: O sol se escurecerá, a lua não dará o seu resplendor, as estrelas cairão do céu. Não estejamos, pois, aflitos como se somente nós tivéssemos que morrer, pois as estrelas também morrem, ainda que talvez ressurjam novamente. O Senhor fará que os céus se dobrem, e não para fazê-los perecer, mas para fazer outros ainda mais belos.

Escuta o profeta Davi quando diz: Desde os tempos antigos, fundastes a terra, e os céus são obra de tua mão; eles perecem, mas tu permaneces. Mas dirá alguém: Ele declara abertamente que perecerão. Escuta como diz “perecerão”, pois o que diz na continuação esclarece: Todos eles se desgastam como roupa, como um vestido tu os modificas, e eles se modificam. De modo semelhante a como se diz que homem perece, segundo aquilo: O justo perece, e não há quem se importe, mesmo que se esteja esperando a ressurreição.

Assim, esperamos também como que uma ressurreição dos céus. O sol se mudará em trevas e a lua em sangue. Saibam-no aqueles que se converteram dos maniqueus e não façam deuses aos astros nem tampouco pensem sacrilegamente que Cristo haverá de perder a sua luz algum dia. Escuta novamente ao Senhor que diz: O céu e a terra passarão, porém minhas palavras não passarão, pois as criaturas não são do mesmo valor nem têm o mesmo destino que as palavras do Senhor.

Passarão, portanto, as coisas visíveis e virão aquelas que se espera serão melhores do que estas, mas que ninguém busque com curiosidade qual será o momento. Pois diz: Não vos compete conhecer o tempo e o momento que o Pai fixou em seu poder. Nem te atrevas a determinar quando acontecerão estas coisas nem fiques preguiçosamente adormecido. Pois também diz: Estai preparados, porque no momento em que não pensardes, virá o Filho do Homem.

Mas já que era conveniente que conhecêssemos os sinais da consumação, e visto que é Cristo a quem esperamos, e para que não morrêssemos decepcionados e fôssemos levados ao engano pelo anticristo da mentira, os Apóstolos, impulsionados por uma moção divina, e de acordo com os sábios desígnios de Deus, aproximaram-se do verdadeiro Mestre e lhe dizem: Diz-nos quando acontecerá isso, e qual será o sinal de tua vinda e do fim do mundo.

Esperamos que venha uma segunda vez. Porém, Satanás se disfarça de anjo de luz. Coloca-nos, portanto, a nós precavidos, para que não adoremos a outro em teu lugar. E ele, abrindo sua boca divina e bem-aventurada, diz: Cuidem para que ninguém vos engane. Também vós, que agora ouvis, olhai-o agora como se o estivésseis vendo com os olhos do espírito, e escutai-o como quem vos está dizendo as mesmas coisas: Cuidem que ninguém vos engane.

Estas palavras advertem a todos que dirijais vosso espírito ao que vos será dito. Pois não se trata de uma história de coisas passadas, mas daquelas que vão acontecer, e é uma profecia daquilo que com certeza acontecerá. E não é que nós profetizemos, pois somos indignos disso, mas proclamamos nesta assembleia o que está escrito e explicamos seus sinais. Tu verás que coisas dessas já aconteceram e quais restam ainda por chegar. Deste modo podes prevenir-te.

 

 

Silencio

Canto de meditação

Silencio

Preces espontâneas (o ministro convida a partilhar pedidos a voz alta)

Pai nosso

Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.


sábado, 1 de novembro de 2025

ADORAÇÃO EUCARISTICA 6 NOVEMBRO 2025

 




Dedicação da Basílica do Latrão (Catedral de Roma) | Festa | Domingo

 

 

Canto de exposição ao Santíssimo

Motivação do coordenador pastoral ou do ministro

Momento de silencio

Leitura da Bíblia: João 2, 13-22

13 Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. 14 No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. 15 Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. 16 E disse aos que vendiam pombas: "Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!" 17 Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: "O zelo por tua casa me consumirá". 18 Então os judeus perguntaram a Jesus: "Que sinal nos mostras para agir assim?" 19 Ele respondeu: "Destruí, este Templo, e em três dias o levantarei". 20 Os judeus disseram: "Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?" 21 Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo. 22 Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele.

 

Momento de silencio

Canto de meditação

Silencio

Leitura: HISTÓRIA DA FESTA DA DEDICAÇÃO DA BASILICA DO LATRÃO

Apresentando brevemente o sentido eclesial dessa Festa, que nós, fiéis do Rito Romano, celebramos no dia 09 de novembro. Nesta postagem gostaríamos de traçar um pouco da história dessa celebração.

Antes de tudo é preciso recordar que, embora as Missas presididas pelo Papa geralmente tenham lugar atualmente na Basílica de São Pedro no Vaticano, a Catedral de Roma é a Basílica do Latrão. Mas, o que é uma basílica?

O que é uma basílica?

A basílica era originalmente um edifício público romano que servia para diversas atividades civis; por exemplo, como tribunal. O termo designava antes de tudo seu formato arquitetônico: uma grande nave central que termina em uma abside, geralmente semicircular, ladeada por naves laterais menores, separadas por colunas.

Após o Edito de Milão do ano de 313, através do qual o imperador Constantino proibiu a perseguição aos cristãos, as primeiras igrejas começaram a ser construídas seguindo o formato da basílica romana.

Na basílica cristã, a abside, na qual estão o altar e a sede do sacerdote, geralmente está voltada para o Oriente (ad Orientem). Assim, toda a comunidade reza na mesma direção: em direção a Cristo (versus Deum), o “sol nascente que nos veio visitar” (cf. Lc 1,78). Com o tempo, porém, o termo “basílica” perdeu sua relação com a arquitetura e passou a ser usado como título honorífico conferido pelo Papa a igrejas de especial importância histórica e artística.

As basílicas dividem-se em “maiores” e “menores”.

As maiores são as quatro principais igrejas de Roma:

·         - Arquibasílica do Santíssimo Salvador e São João Batista e Evangelista no Latrão;

·         - Basílica de São Pedro no Vaticano;

·         - Basílica de São Paulo fora-dos-muros na Via Ostiense;

·         - Basílica de Santa Maria Maior no Esquilino.

Todas as demais basílicas, em Roma ou no resto do mundo, são “basílicas menores”.

As quatro basílicas maiores possuem uma Porta Santa, que só é aberta durante os Jubileus, e um Cardeal Arcipreste nomeado pelo Papa.

A Arquibasílica do Latrão

Por ser a Catedral de Roma, mãe e cabeça de todas as igrejas da cidade de Roma e do mundo a Basílica do Latrão é a única que recebe o título de “Arquibasílica”. É nesta igreja que se encontra a cátedra do Bispo de Roma, da qual o Papa deve tomar posse após sua eleição. Do século IV até o século XIV, com efeito, o Papa residia junto à Basílica, no chamado Palácio Lateranense.

A igreja leva esse nome por estar situada no terreno que pertencia à família romana dos Lateranos, próximo ao monte Célio. Anteriormente parte do local havia sido um quartel da cavalaria romana (Castra nova equitum singularium).

 

Silencio

Canto de meditação

Silencio

Preces espontâneas (o ministro convida a partilhar pedidos a voz alta)

Pai nosso

Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.

 

 

 

sábado, 25 de outubro de 2025

ADORAÇÃO EUCARISTICA 30 OUTUBRO 2025

 



 

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

 

 

Canto de exposição ao Santíssimo

Motivação do coordenador pastoral ou do ministro

Momento de silencio

Leitura da Bíblia: Lc 12, 35-40

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar! Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. Vós também, ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes".

Momento de silencio

Canto de meditação

Silencio

Leitura Patrística:  Papa Francisco

As Leituras que ouvimos suscitam em nós, em mim, duas palavras: espera  e surpresa .

espera  manifesta o sentido da vida, pois vivemos na expetativa do encontro: o encontro com Deus, que hoje é o motivo da nossa oração de intercessão, especialmente pelos Cardeais e Bispos falecidos durante o último ano, pelos quais oferecemos em sufrágio este Sacrifício eucarístico.

Todos vivemos na expetativa, na esperança de um dia ouvir aquelas palavras de Jesus: «Vinde, benditos do meu Pai» (Mt  25, 34). Estamos na sala de espera do mundo para entrar no paraíso, para participar naquele “banquete para todos os povos” de que nos falou o profeta Isaías (cf. 25, 6). Ele diz algo que aquece o nosso coração porque levará a cumprimento precisamente as nossas maiores expetativas: o Senhor «eliminará para sempre a morte» e «enxugará as lágrimas em cada rosto» (v. 8). É bom quando o Senhor vem enxugar as lágrimas! Mas é muito mau, quando esperamos que seja outra pessoa, e não o Senhor, que as enxugará. E pior ainda, não ter lágrimas. Então poderemos dizer: «Este é o Senhor em quem esperamos — aquele que enxuga as lágrimas — alegremo-nos, exultemos pela sua salvação» (v. 9). Sim, vivemos na expetativa de receber bens tão grandes e bons que nem sequer os conseguimos imaginar, pois como nos recordou o apóstolo Paulo, «somos herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo» (Rm  8, 17) e “esperamos viver para sempre, esperamos a redenção do nosso corpo” (cf. v. 23).

Irmãos e irmãs, alimentemos a expetativa do Céu, exercitemos o desejo do paraíso. Far-nos-á bem, hoje, perguntar-nos se os nossos desejos têm a ver com o Céu . Pois corremos o risco de aspirar constantemente a coisas que passam, de confundir os desejos com as necessidades, de antepor as expetativas do mundo à espera de Deus. Mas perder de vista o que importa para perseguir o vento seria o maior erro da vida. Olhemos para cima, porque estamos a caminho do Alto, pois as coisas daqui não irão para lá: as melhores carreiras, os maiores sucessos, os títulos e reconhecimentos mais prestigiosos, a riqueza acumulada e os ganhos terrenos, tudo esvaecerá num instante, tudo. E todas as expetativas neles depositadas ficarão desapontadas para sempre. No entanto, quanto tempo, quanto esforço e energia gastamos, preocupando-nos e amargurando-nos por estas coisas, deixando desvanecer-se a tensão pela casa, perdendo de vista o sentido do caminho, a meta da viagem, o infinito para o qual tendemos, a alegria pela qual respiramos! Perguntemo-nos: vivo o que digo no Credo, “Aguardo — isto é — a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir”? E como está a minha espera? Sou capaz de ir ao essencial ou distraio-me com muitas coisas supérfluas? Cultivo a esperança ou vou em frente queixando-me, porque dou demasiado valor a muitas coisas que não contam e que depois passarão?

À espera de amanhã, ajuda-nos o Evangelho de hoje. E aqui surge a segunda palavra que gostaria de partilhar convosco: surpresa . Porque é grande a surpresa cada vez que ouvimos o capítulo 25 de Mateus. É semelhante à dos protagonistas, que dizem: «Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber?  Quando te vimos estrangeiro e te acolhemos, ou nu e te vestimos? Quando te vimos doente ou prisioneiro e te fomos visitar?» (vv. 37-39). Quando?  Assim se manifesta a surpresa de todos, o enlevo dos justos e a consternação dos injustos.

Quando?  Também nós o poderíamos dizer: esperaríamos que o juízo sobre a vida e sobre o mundo tivesse lugar sob o sinal da justiça, perante um tribunal resolutivo que, filtrando todos os elementos, lance luz para sempre sobre as situações e as intenções. Ao contrário, no tribunal divino, o único mérito e acusação é a misericórdia para com os pobres e os descartados: «Tudo o que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizestes», sentencia Jesus (v. 40). O Altíssimo parece estar nos mais pequeninos. Quem habita nos céus vive entre os mais insignificantes do mundo. Que surpresa! Mas o juízo terá lugar desta forma porque será feito por Jesus, o Deus do amor humilde, Aquele que, nascido e morto pobre, viveu como servo. A sua medida é um amor que vai além das nossas medidas, e a sua medida de juízo é a gratuidade. Assim, para nos prepararmos, sabemos o que fazer: amar gratuitamente e a fundo perdido, sem esperar uma retribuição, quem entra na sua lista de preferências, quem não nos pode dar nada em troca, quem não nos atrai, quem serve os mais pequeninos.

Esta manhã recebi uma carta de um capelão de um lar de crianças, um capelão protestante, luterano, numa casa de crianças na Ucrânia. Crianças órfãs de guerra, crianças sozinhas, abandonadas. Ele disse: “Este é o meu serviço, acompanhar estes descartados, porque perderam os pais, a guerra cruel deixou-os sozinhos!”. Este homem faz o que Jesus lhe pede: cuidar dos mais pequeninos na tragédia. E quando li esta carta, escrita com tanta dor, fiquei comovido e disse: “Senhor, vê-se que Tu continuas a inspirar os verdadeiros valores do Reino”.

Quando?  dirá este pastor quando se encontrar com o Senhor. Aquele “quando” surpreendido, que aparece quatro vezes nas perguntas que a humanidade dirige ao Senhor (cf. vv. 37.38.39.44), chega tarde, apenas «quando  o Filho do Homem vier na sua glória» (v. 31). Irmãos, irmãs, não nos deixemos surpreender também nós. Tenhamos muito cuidado para não adoçar o sabor do Evangelho. Pois muitas vezes, por conveniência ou conforto, tendemos a atenuar a mensagem de Jesus, a diluir as suas palavras. Admitamos, tornamo-nos muito hábeis a ceder a compromissos em relação ao Evangelho. Sempre até aqui, até ali — compromissos. Dar de comer aos famintos, sim, mas a questão da fome é complexa, e certamente não consigo resolvê-la! Ajudar os pobres, sim, mas depois as injustiças devem ser tratadas de certa forma e por isso é melhor esperar, também porque se eu me comprometer, corro o risco de ser sempre incomodado e talvez me aperceba que poderia ter feito melhor; é melhor esperar um pouco. Estar perto dos doentes e dos presos, sim, mas nas manchetes dos jornais e nas redes sociais há outros problemas mais urgentes, então por que precisamente eu deveria interessar-me por eles? Acolher migrantes, sim, claro, mas é uma questão geral complicada, diz respeito à política... Não me envolvo nestes assuntos... Sempre compromissos: “sim, sim...”, mas “não, não”. Estes são os compromissos que fazemos em relação ao Evangelho. Tudo “sim” mas, no final, tudo “não”. E assim, à força de “mas” e de “contudo” — tantas vezes somos homens e mulheres de “mas” e “contudo” — fazemos da vida um compromisso em relação ao Evangelho. De simples discípulos do Mestre tornamo-nos mestres da complexidade, que discutem muito e fazem pouco, que procuram respostas mais diante do computador do que perante o Crucifixo, na internet e não no olhar dos irmãos e irmãs; cristãos que comentam, debatem e expõem teorias, mas não conhecem pelo nome nem sequer uma pessoa pobre, não visitam um doente há meses, nunca deram de comer nem vestiram alguém, nunca fizeram amizade com um necessitado, esquecendo que «o programa do cristão é um coração que vê» (Bento XVI, Deus caritas est, 31).

Quando?  A grande surpresa: surpresa da parte justa e da parte injusta, quando? Tanto os justos como os injustos se perguntam surpreendidos. A resposta é uma só: o quando é agora,  hoje, à saída desta Eucaristia. Agora, hoje! Está nas nossas mãos, nas nossas obras de misericórdia: não nas especificações e nas análises requintadas, não nas justificações individuais ou sociais. Nas nossas mãos, e nós somos responsáveis. Hoje o Senhor lembra-nos que a morte consegue lançar a verdade sobre a vida, removendo todos os atenuantes à misericórdia.  Irmãos, irmãs, não podemos dizer que não sabíamos. Não podemos confundir a realidade da beleza com a maquilhagem feita artificialmente. O Evangelho explica como viver a espera:  vai-se ao encontro de Deus amando, porque Ele é amor. E, no dia da nossa despedida, a surpresa  será feliz se agora nos deixarmos surpreender pela presença de Deus, que nos espera entre os pobres e feridos do mundo. Não tenhamos medo desta surpresa: progridamos naquilo que o Evangelho nos diz, para ser julgados justos no final. Deus espera ser acariciado não com palavras, mas com gestos.

 

 

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Preces espontâneas (o ministro convida a partilhar pedidos a voz alta)

Pai nosso

Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.