giovedì 24 ottobre 2024

PASTORAL FAMILIAR - SÁBADO 26 OUTUBRO 2024

 




PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULO


 

Canto inicial

Saudação e motivação do padre

Primeira leitura: 1 Coríntios 13,4-8

Irmãos, o amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.  Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha.

Salmo 127

Canto: Alleluja

Evangelho: João 13,34-35

Naquele tempo Jesus disse aos seus discípulos: Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisso todos conhe­cerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.

 

Papa Francisco:  Ele nos ama. Sobre o amor humano e divino do coração de Jesus Cristo

O coração torna possível qualquer vínculo autêntico, porque uma relação que não se constrói com o coração é incapaz de superar a fragmentação do individualismo. Apenas duas mônadas que se unem, mas não se conectam realmente, permaneceriam de pé. Anti-coração é uma sociedade cada vez mais dominada pelo narcisismo e pela autorreferência. Finalmente chegamos à “perda do desejo”, porque o outro desaparece do horizonte e ficamos fechados em nós mesmos, sem capacidade de relacionamentos saudáveis.14 Consequentemente, tornamo-nos incapazes de acolher Deus. Como diria Heidegger, para receber o divino é preciso construir uma “casa de hóspedes”.

Vemos assim como esta ligação paradoxal entre a valorização do próprio ser e a abertura aos outros, entre o encontro muito pessoal consigo mesmo e a doação de si aos outros, ocorre no coração de cada pessoa. Só se torna você mesmo quando adquire a capacidade de reconhecer o outro e encontra o outro que pode reconhecer e aceitar a própria identidade.

O coração também é capaz de unificar e harmonizar a sua história pessoal, que parece fragmentada em mil pedaços, mas onde tudo pode ter um sentido. Isto é o que o Evangelho expressa no olhar de Maria, que olhou com o coração. Ela soube dialogar com experiências preciosas, ponderando-as no coração, dando-lhes tempo: simbolizando[1]as e guardando-as para recordar. No Evangelho, a melhor expressão do que pensa um coração são as duas passagens de São Lucas que nos contam que Maria “estimava (syneterei) todas estas coisas, pesando-as (symballousa) no seu coração” (cf. Lucas). O verbo symballein (de onde vem “símbolo”) significa ponderar, reunir duas coisas na mente e examiná[1]las consigo mesmo, refletindo, dialogando internamente. Em Lucas 2:51 dieterei é “ela guardou com cuidado”, e o que ela guardou não foi só “a cena” que ela viu, mas também o que ela ainda não entendia e mesmo assim permaneceu presente e vivo esperando para unir tudo em seu coração .

Na época da inteligência artificial não podemos esquecer que a poesia e o amor são necessários para salvar a humanidade. O que nenhum algoritmo conseguirá acomodar será, por exemplo, aquele momento da infância que é lembrado com carinho e que, mesmo que os anos passem, continua ocorrendo em todos os cantos do planeta. Penso em usar o garfo para selar as pontas daqueles bolinhos caseiros que fazemos com nossas mães ou avós. É aquele momento de aprendiz de chef, a meio caminho entre a brincadeira e a vida adulta, onde se assume a responsabilidade do trabalho para ajudar os outros. Assim como o garfo poderia nomear milhares de pequenos detalhes que sustentam a biografia de cada um: fazer sorrisos com uma piada, traçar um desenho contra a luz de uma janela, jogar a primeira partida de futebol com uma bola de trapo, cuidar de minhocas em uma caixa de sapato, secar uma flor entre as páginas de um livro, cuidar de um passarinho que caiu do ninho, fazer um pedido ao colher uma margarida. Todos esses pequenos detalhes, o ordinário-extraordinário, nunca poderão estar entre os algoritmos. Porque o garfo, as piadas, a janela, a bola, a caixa de sapato, o livro, o pássaro, a flor... são sustentados pela ternura que fica guardada nas lembranças do coração.

Esse núcleo de cada ser humano, seu centro mais íntimo, não é o núcleo da alma, mas da pessoa inteira em sua identidade única que é comovente. e corpóreo. Tudo está unificado no coração, que pode ser a sede do amor com todos os seus componentes espirituais, emocionais e também físicos. Em suma, se ali reina o amor, a pessoa alcança a sua identidade de forma plena e luminosa, porque cada ser humano foi criado sobretudo para o amor, é feito nas suas fibras mais íntimas para amar e ser amado.

Quando cada um reflete, busca, medita sobre o seu próprio ser e identidade, ou analisa as questões mais elevadas; quando você pensa sobre o sentido de sua vida e mesmo que ele busque Deus, mesmo quando experimenta o prazer de ter vislumbrado algo da verdade, esta precisa encontrar o seu ápice no amor. Ao amar, a pessoa sente que sabe por que e para que vive. Assim, tudo se junta num estado de conexão e harmonia. Portanto, diante do próprio mistério pessoal, talvez a pergunta mais decisiva que cada um possa fazer é: tenho coração?

 

Momento de silencio

Canto de meditação

Breve cochicho em grupinhos

Partilha

Canto

Apresentação do próximo ECC na nossa paróquia

Avisos

Pai nosso

Benção final

Canto final

 

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