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lunedì 12 febbraio 2024

CELEBRAÇÃO DA PALAVRA: REFLEXÕES

 




Paolo Cugini

 

No Conselho Pastoral das comunidades, que aconteceu sábado 10 de fevereiro 2024 na comunidade de são Sebastiao, coloquei na pauta algumas reflexões que ando fazendo depois da leitura de alguns documentos da Igreja do Brasil. Estas reflexões tem como objetivo de estimular o debate nos conselhos pastorais das comunidades para melhorar sempre mais a nossa vida litúrgica e comunitária.

O primeiro texto remonta ao 1989: Animação da vida litúrgica no Brasil (Documento 43 da CNBB). Este Documento foi o fruto de uma pesquisa que a Dimensão Litúrgica da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) realizou a partir do 1983, para avaliar o sentido das celebrações litúrgicas que estavam acontecendo nas Comunidades Eclésias de base (CEBs). O objetivo desta pesquisa era de: “refletir, agora e de modo abrangente, sobre a dimensão celebrativa, que tem aspecto profético e transformador e é a alma de todas as outras” (n.2). Pela CNBB a celebração dominical é a fonte da vida eclesial e espiritual da comunidade. A tomada de consciência que uma significativa percentagem das comunidades católicas do Brasil não tem a possibilidade de celebrar uma missa, o documento visa esclarecer o sentido da celebração da Palavra.

Na celebração da Palavra o Cristo se faz verdadeiramente presente, pois é ele mesmo que fala quando se leem na Igreja as Sagradas Escrituras. Além de sua presença na Eucaristia, eventualmente distribuída, está também, na assembleia, pois prometeu estar entre os seus que se reúnem em seu nome (Mt 18,20)” (n.95).

Na análise do documento é importante a formação dos ministros que celebram a Palavra com o povo para não criar confusão na mente dos fiéis:

Não confundimos nunca estas celebrações com a Eucaristia. Missa é missa. Celebração da Palavra, mesmo com a distribuição da Comunhão, não deve levar o povo a pensar que se trata do Sacrifício da missa. É errado, por exemplo, apresentar oferendas, proclamar a Oração Eucarística, rezar o Cordeiro de Deus, e dar a benção própria dos ministros ordenados” (n. 98).

A pergunta que entra na nossa cabeça, nessa altura do discurso, poderia ser esta: como celebrar em ausência de Padre no domingo de uma forma clara sem confundir o povo?

Vem ao nosso encontro para nos ajudar um documento recente da CNBB, o número 108, publicado no 2019 com o seguinte título: Ministério e celebração da Palavra. No parágrafo 114 ele afirma:

Para valorizar a diversidade dos ministérios, a mesma pessoa não deveria desempenhar mais de uma função. Assim, na Celebração da Palavra, na medida do possível, um deveria ser o que dirige, outro o leitor, outro o que distribui a Sagrada Comunhão, outro o que dirige o canto e assim por diante. A Constituição Sacrosantum Concilium orienta com toda clareza: Nas celebrações litúrgicas, limite-se cada um, ministro ou simples fiel, exercendo o seu ofício, a fazer tudo e só o que é de sua competência, segundo a natureza do rito e as leis litúrgicas (SC, n.28).

Foi a partir destas leituras que contém as indicações dos Bispos do Brasil que, conversando com os coordenadores pastorais das nossas comunidades, partilhei algumas sugestões. Se é viável que a mesma pessoa não desempenhe mais de uma função para se valorizarem as diversidades de ministérios e carismas, então a celebração da Palavra nas nossas comunidades poderia ser organizada desta forma:

- dirige a celebração deveria ser o Coordenador de comunidade, que já exerce esta função na comunidade e, assim, na celebração, se torna visível a sua função.

- Leitores: pessoas adultas da comunidade (seria melhor que fosse já crismados)

- Homilia: ministro da Palavra

- Preces: espontâneas (algumas é bem que a equipe litúrgica as prepare)

- Preparação da mesa eucarística e distribuição da Eucaristia: ministro extraordinário da Eucaristia.

- Avisos da comunidade: poderia ser alguém do Conselho pastoral da comunidade.

 

O coordenador da liturgia da comunidade tem a responsabilidade de reunir as pessoas durante a semana, ler juntos as leituras do domingo sucessivo e assim preparar a celebração do domingo.

 

Esta é a partilha que fiz sábado a noite. Mais uma vez: é somente uma minha reflexão pensando ao bem das comunidades depois da leitura destes documentos da Igreja do Brasil. Quem deveria tomar algumas decisões, a meu ver, é o conselho pastoral de cada comunidade e depois partilhar com o Conselho Pastoral das comunidade. Que tudo seja sempre feito em harmonia e paz.