Canto de exposição ao Santíssimo
Motivação do coordenador pastoral ou do ministro
Momento de silencio
Leitura da
Bíblia: Lc 1,39-56
Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se,
apressadamente,
a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando
Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou
cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou:
"Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o
fruto do teu ventre!" Como posso merecer
que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos
meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela
que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu".
Então Maria disse:
"A minha alma engrandece o Senhor, e o meu
espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua
serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o
Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua
misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. Ele
mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do
trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu
os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua
misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua
descendência, para sempre". Maria ficou três meses com Isabel; depois
voltou para casa.
Momento de silencio
Canto de meditação
Silencio
Leitura Patrística: Paolo Cugini
Embora o dogma da Assunção de Maria seja recente
(1950: é o último dogma formulado pela doutrina católica), a reflexão sobre
este mistério da fé é muito antiga. Na verdade, a literatura apócrifa sobre a
Assunção da Virgem Maria ao céu é abundante. São cerca de sessenta obras,
transmitidas em manuscritos que datam do século V em diante e escritas em
diferentes línguas: grego, latim, etíope, árabe, armênio, copta, siríaco,
eslavo e gaélico. Além disso, a produção sobre o tema em questão durante a
época medieval é muito rica, atestada em muitas línguas. Segundo os estudiosos,
o início da tradição na Assunção de Maria remonta ao século II a.C. no campo
gnóstico.
A tradição da permanência de Maria em Jerusalém no
último período de sua vida é bastante sólida, atestada pela Escritura (Jo
19,25; At 1,14; Gl 2,9) e a história se baseia em um fato bastante certo a
partir do ponto do ponto de vista da crítica histórica. É natural pensar que
Maria, nos últimos anos de sua vida, foi vivida e protegida pela comunidade
cristã de Jerusalém em uma das casas que ocupava. Seu sepultamento, então, teve
que ser cuidado, com particular atenção, pelos apóstolos, e ela teve que ser enterrada
na área funerária de Jerusalém, perto do riacho de Cedron, na parte oriental da
cidade. Esta área sepulcral já se encontrava em funcionamento no século I, de
acordo com escavações arqueológicas recentes.
A elaboração da narrativa do fim
da vida de Maria inspira-se e, em certa medida, segue-se ao fim da vida de
Jesus, com base nos Evangelhos e na tradição cristã que se desenvolveu
posteriormente. Esta é a sequência: um anjo consola Maria nos momentos de
angústia e tormento antes da sua morte e anuncia o que lhe acontecerá, como um
anjo consolou Jesus poucas horas antes da sua morte (cf. Lc 22,43-44). Todos os
apóstolos, incluindo Paulo, acompanham Maria durante a sua morte e sepultamento,
o que não aconteceu no caso de Jesus. Maria está acompanhada por três virgens
que a assistem, assim como Jesus estava acompanhado e era vigiado na cruz por
três mulheres ( Jo 19:25). Maria não será vítima de nenhum ataque do diabo e,
como aconteceu com Jesus, ela não cairá nas mãos de Satanás, mas o vencerá
protegida pela força divina. Finalmente, Maria é sepultada em um novo sepulcro
fora de Jerusalém e no terceiro dia seu corpo e sua alma, como para Jesus, são
glorificados.
O relato da Assunção, tal como é relatado nos textos
apócrifos dos primeiros séculos da Igreja, não se limita a narrar o fim da vida
de Maria, mas também tenta explicar o sentido do seu falecimento e a recompensa
celestial que ela foi merecedora. A narrativa pretende afirmar que Maria morreu
realmente (apesar da discussão dos teólogos a esse respeito) e que ela foi
realmente glorificada (a modalidade também é objeto de discussão).
Irmãos, Cristo ressuscitou dos mortos, primícias dos
que morreram (1 Cor
15,20).
A segunda leitura de hoje pretende nos ajudar a
refletir sobre o significado da Assunção de Maria e por que ela é importante no
caminho de fé. A Assunção de Maria torna verdadeiro o discurso de Paulo que nos
lembra na primeira carta aos Coríntios que a ressurreição de Cristo não é um
acontecimento isolado, limitado apenas a Ele, mas é "as primícias dos que
morreram". Jesus, portanto, é o primeiro de uma longa série e Maria é o
exemplo da verdade daquilo que Paulo afirma. Jesus com a sua paixão, morte e
ressurreição abriu uma passagem no céu, para que todos os que seguem o seu
caminho possam entrar. “Ele baixou os céus e desceu” diz o salmo 18. Com
a sua ressurreição, Jesus não baixou apenas os céus, mas abriu uma brecha para
todos os que ouvem a sua Palavra e a colocam em prática.
Portanto, invoquemos Maria para nos ajudar todos os
dias a viver como seu Filho e, assim, também nós passaremos com Ela, deste
mundo da morte, ao mundo da vida.
Silencio
Canto de meditação
Silencio
Preces espontâneas (o ministro convida a
partilhar pedidos a voz alta)
Pai nosso
Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.
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