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sabato 23 novembre 2024

PASTORAL FAMILIAR - SÁBADO 23 NOVEMBEO 2024 - ASSEMBLEIA DE PLANEJAMENTO

 



O que é a Pastoral Familiar?
A Pastoral Familiar é um serviço que se realiza na Igreja e com a Igreja, tendo como objetivo apoiar a família a partir da realidade em que se encontra, para que possa existir e viver dignamente, estabelecer relacionamentos e formar as novas gerações conforme o plano de Deus.
Abrange todas as famílias, independentemente de sua situação familiar, com o propósito de promover a inclusão e resgatar os valores e a dignidade de cada pessoa.
Como começou
No Concílio Vaticano II começou-se a delinear na Igreja uma proposta inspiradora para os esforços da evangelização da família. Desde o início de seu pontificado, o Papa João Paulo II dedicou atenção especial à família.
No Brasil, a Pastoral Familiar começou a sistematizar a sua caminhada na década de 80, onde foram realizados vários encontros nacionais com os representantes de alguns movimentos e serviços familiares.
Em 1981, no IV Sínodo dos Bispos, foi promulgada a Exortação Apostólica Familiaris Consortio sobre a missão da família cristã no mundo de hoje.
Na nossa paróquia começou este ano.

Missão
A missão evangelizadora da Pastoral Familiar é a defesa e promoção da pessoa em todas as etapas e circunstâncias da vida e a defesa dos valores cristãos para o matrimônio e os relacionamentos pessoais e familiares.
Para isso, é imprescindível promover articulações dentro e fora da Igreja, para defender a vida em todas as suas etapas e dinamizar e orientar ações em favor da família.

A Pastoral Familiar possui quatro metas principais:
Fazer da família uma comunidade cristã;
Fazer com que a família seja santuário da vida;
Resgatar para a família seu justo valor de célula primeira e vital da sociedade;
Tornar a família missionária e Igreja doméstica.

Como está organizada
Para alcançar os objetivos propostos, foi instituída a Comissão Nacional da Pastoral Familiar – CNPF composta pelo bispo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família, pelos bispos conselheiros, pelo assessor nacional, pelo casal coordenador nacional e pelos bispos, assessores e casais representantes da Pastoral Familiar nos 17 Regionais da CNBB e pelos representantes nacionais dos movimentos eclesiais, institutos e serviços familiares.

Considerando a realidade brasileira e a experiência eclesial, a Comissão episcopal Pastoral para a vida e a Família, propõe a seguinte organização em nível diocesano e paroquial:
a) Setor Pré-Matrimonial

b) Setor Pós-Matrimonial
Oferecer ajuda e formação para recém-casados e grupos familiares.
Formação contínua para a vida conjugal, familiar e comunitária e Celebrações Especiais.

c) Setor Casos Especiais
Os casais em segunda união e seus filhos sejam acolhidos, acompanhados e incentivados, conforme sua situação, a participarem da vida da Igreja, segundo as orientações do Magistério.

giovedì 24 ottobre 2024

PASTORAL FAMILIAR - SÁBADO 26 OUTUBRO 2024

 




PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULO


 

Canto inicial

Saudação e motivação do padre

Primeira leitura: 1 Coríntios 13,4-8

Irmãos, o amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.  Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha.

Salmo 127

Canto: Alleluja

Evangelho: João 13,34-35

Naquele tempo Jesus disse aos seus discípulos: Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisso todos conhe­cerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.

 

Papa Francisco:  Ele nos ama. Sobre o amor humano e divino do coração de Jesus Cristo

O coração torna possível qualquer vínculo autêntico, porque uma relação que não se constrói com o coração é incapaz de superar a fragmentação do individualismo. Apenas duas mônadas que se unem, mas não se conectam realmente, permaneceriam de pé. Anti-coração é uma sociedade cada vez mais dominada pelo narcisismo e pela autorreferência. Finalmente chegamos à “perda do desejo”, porque o outro desaparece do horizonte e ficamos fechados em nós mesmos, sem capacidade de relacionamentos saudáveis.14 Consequentemente, tornamo-nos incapazes de acolher Deus. Como diria Heidegger, para receber o divino é preciso construir uma “casa de hóspedes”.

Vemos assim como esta ligação paradoxal entre a valorização do próprio ser e a abertura aos outros, entre o encontro muito pessoal consigo mesmo e a doação de si aos outros, ocorre no coração de cada pessoa. Só se torna você mesmo quando adquire a capacidade de reconhecer o outro e encontra o outro que pode reconhecer e aceitar a própria identidade.

O coração também é capaz de unificar e harmonizar a sua história pessoal, que parece fragmentada em mil pedaços, mas onde tudo pode ter um sentido. Isto é o que o Evangelho expressa no olhar de Maria, que olhou com o coração. Ela soube dialogar com experiências preciosas, ponderando-as no coração, dando-lhes tempo: simbolizando[1]as e guardando-as para recordar. No Evangelho, a melhor expressão do que pensa um coração são as duas passagens de São Lucas que nos contam que Maria “estimava (syneterei) todas estas coisas, pesando-as (symballousa) no seu coração” (cf. Lucas). O verbo symballein (de onde vem “símbolo”) significa ponderar, reunir duas coisas na mente e examiná[1]las consigo mesmo, refletindo, dialogando internamente. Em Lucas 2:51 dieterei é “ela guardou com cuidado”, e o que ela guardou não foi só “a cena” que ela viu, mas também o que ela ainda não entendia e mesmo assim permaneceu presente e vivo esperando para unir tudo em seu coração .

Na época da inteligência artificial não podemos esquecer que a poesia e o amor são necessários para salvar a humanidade. O que nenhum algoritmo conseguirá acomodar será, por exemplo, aquele momento da infância que é lembrado com carinho e que, mesmo que os anos passem, continua ocorrendo em todos os cantos do planeta. Penso em usar o garfo para selar as pontas daqueles bolinhos caseiros que fazemos com nossas mães ou avós. É aquele momento de aprendiz de chef, a meio caminho entre a brincadeira e a vida adulta, onde se assume a responsabilidade do trabalho para ajudar os outros. Assim como o garfo poderia nomear milhares de pequenos detalhes que sustentam a biografia de cada um: fazer sorrisos com uma piada, traçar um desenho contra a luz de uma janela, jogar a primeira partida de futebol com uma bola de trapo, cuidar de minhocas em uma caixa de sapato, secar uma flor entre as páginas de um livro, cuidar de um passarinho que caiu do ninho, fazer um pedido ao colher uma margarida. Todos esses pequenos detalhes, o ordinário-extraordinário, nunca poderão estar entre os algoritmos. Porque o garfo, as piadas, a janela, a bola, a caixa de sapato, o livro, o pássaro, a flor... são sustentados pela ternura que fica guardada nas lembranças do coração.

Esse núcleo de cada ser humano, seu centro mais íntimo, não é o núcleo da alma, mas da pessoa inteira em sua identidade única que é comovente. e corpóreo. Tudo está unificado no coração, que pode ser a sede do amor com todos os seus componentes espirituais, emocionais e também físicos. Em suma, se ali reina o amor, a pessoa alcança a sua identidade de forma plena e luminosa, porque cada ser humano foi criado sobretudo para o amor, é feito nas suas fibras mais íntimas para amar e ser amado.

Quando cada um reflete, busca, medita sobre o seu próprio ser e identidade, ou analisa as questões mais elevadas; quando você pensa sobre o sentido de sua vida e mesmo que ele busque Deus, mesmo quando experimenta o prazer de ter vislumbrado algo da verdade, esta precisa encontrar o seu ápice no amor. Ao amar, a pessoa sente que sabe por que e para que vive. Assim, tudo se junta num estado de conexão e harmonia. Portanto, diante do próprio mistério pessoal, talvez a pergunta mais decisiva que cada um possa fazer é: tenho coração?

 

Momento de silencio

Canto de meditação

Breve cochicho em grupinhos

Partilha

Canto

Apresentação do próximo ECC na nossa paróquia

Avisos

Pai nosso

Benção final

Canto final

 

domenica 18 agosto 2024

PASTORAL FAMILIAR SÁBADO 24 AGOSTO 2024

 




Tema: O desafio das crises

Canto inicial

Saudação e motivação do padre

Leituras bíblicas: 2 Cor 11, 21-29; Salmo 21 Lc 22,39-46

Papa Francisco, Amoris Laetitia 232-238:

 A história duma família está marcada por crises de todo o género, que são parte também da sua dramática beleza. É preciso ajudar a descobrir que uma crise superada não leva a uma relação menos intensa, mas a melhorar, sedimentar e maturar o vinho da união. Não se vive juntos para ser cada vez menos feliz, mas para aprender a ser feliz de maneira nova, a partir das possibilidades que abre uma nova etapa. Cada crise implica uma aprendizagem, que permite incrementar a intensidade da vida comum ou, pelo menos, encontrar um novo sentido para a experiência matrimonial. É preciso não se resignar de modo algum a uma curva descendente, a uma inevitável deterioração, a uma mediocridade que se tem de suportar. Pelo contrário, quando se assume o matrimónio como uma tarefa que implica também superar obstáculos, cada crise é sentida como uma ocasião para chegar a beber, juntos, o vinho melhor. É bom acompanhar os cônjuges, para que sejam capazes de aceitar as crises que lhes sobrevêm, aceitar o desafio e atribuir-lhes um lugar na vida familiar. Os casais experientes e formados devem estar dispostos a acompanhar outros nesta descoberta, para que as crises não os assustem nem os levem a tomar decisões precipitadas. Cada crise esconde uma boa notícia, que é preciso saber escutar, afinando os ouvidos do coração. Perante o desafio duma crise, a reacção imediata é resistir, pôr-se à defesa por sentir que escapa ao próprio controle, por mostrar a insuficiência da própria maneira de viver, e isto incomoda. Então usa-se o método de negar os problemas, escondê-los, relativizar a sua importância, apostar apenas em que o tempo passe. Mas isto adia a solução e leva a gastar muitas energias num ocultamento inútil que complicará ainda mais as coisas. Os vínculos vão-se deteriorando e consolida-se um isolamento que danifica a intimidade. Numa crise não assumida, o que mais se prejudica é a comunicação. Assim, pouco a pouco, aquela que era «a pessoa que amo» passa a ser «quem me acompanha sempre na vida», a seguir apenas «o pai ou a mãe dos meus filhos», e por fim um estranho.  Para se enfrentar uma crise, é necessário estar presente. É difícil, porque às vezes as pessoas isolam-se para não mostrar o que sentem, trancam-se num silêncio mesquinho e enganador. Nestes momentos, é necessário criar espaços para comunicar de coração a coração. O problema é que se torna ainda mais difícil comunicar num momento de crise, se nunca se aprendeu a fazê-lo. É uma verdadeira arte que se aprende em tempos calmos, para se pôr em prática nos tempos borrascosos. É preciso ajudar a descobrir as causas mais recônditas nos corações dos esposos e enfrentá-las como um parto que passará e deixará um novo tesouro. Mas, nas respostas às consultações realizadas, assinalava-se que, em situações difíceis ou críticas, a maioria não recorre ao acompanhamento pastoral, porque não o sente compreensivo, próximo, realista, encarnado. Por isso, procuremos agora debruçar-nos sobre as crises conjugais com um olhar que não ignore a sua carga de sofrimento e angústia.  Há crises comuns que costumam verificar-se em todos os matrimónios, como a crise ao início quando é preciso aprender a conciliar as diferenças e a desligar-se dos pais; ou a crise da chegada do filho, com os seus novos desafios emotivos; a crise de educar uma criança, que altera os hábitos do casal; a crise da adolescência do filho, que exige muitas energias, desestabiliza os pais e às vezes contrapõem-nos entre si; a crise do «ninho vazio», que obriga o casal a fixar de novo o olhar um no outro; a crise causada pela velhice dos pais dos cônjuges, que requer mais presença, solicitude e decisões difíceis. São situações exigentes, que provocam temores, sentimentos de culpa, depressões ou cansaços que podem afectar gravemente a união. A estas crises, vêm juntar-se as crises pessoais com incidência no casal, relacionadas com dificuldades económicas, laborais, afectivas, sociais, espirituais. E acrescentam-se circunstâncias inesperadas, que podem alterar a vida familiar e exigir um caminho de perdão e reconciliação. No próprio momento em que procura dar o passo do perdão, cada um deve questionar-se, com serena humildade, se não criou as condições para expor o outro a cometer certos erros. Algumas famílias sucumbem, quando os cônjuges se culpam mutuamente, mas «a experiência mostra que, com uma ajuda adequada e com a acção de reconciliação da graça, uma grande percentagem de crises matrimoniais é superada de forma satisfatória. Saber perdoar e sentir-se perdoado é uma experiência fundamental na vida familiar». «A fadigosa arte da reconciliação, que requer o apoio da graça, precisa da generosa colaboração de parentes e amigos, e, eventualmente, até duma ajuda externa e profissional». Tornou-se frequente que, quando um cônjuge sente que não recebe o que deseja, ou não se realiza o que sonhava, isso lhe pareça ser suficiente para pôr termo ao matrimónio. Mas, assim, não haverá matrimónio que dure. Às vezes, para decidir que tudo acabou, basta uma desilusão, a ausência num momento em que se precisava do outro, um orgulho ferido ou um temor indefinido. Há situações próprias da inevitável fragilidade humana, a que se atribui um peso emotivo demasiado grande. Por exemplo, a sensação de não ser completamente correspondido, os ciúmes, as diferenças que podem surgir entre os dois, a atracção suscitada por outras pessoas, os novos interesses que tendem a apoderar-se do coração, as mudanças físicas do cônjuge e tantas outras coisas que, mais do que atentados contra o amor, são oportunidades que convidam a recriá-lo uma vez mais.  Nestas circunstâncias, alguns têm a maturidade necessária para voltar a escolher o outro como companheiro de estrada, para além dos limites da relação, e aceitam com realismo que não se possam satisfazer todos os sonhos acalentados. Evitam considerar-se os únicos mártires, apreciam as pequenas ou limitadas possibilidades que lhes oferece a vida em família e apostam em fortalecer o vínculo numa construção que exigirá tempo e esforço. No fundo, reconhecem que cada crise é como um novo «sim» que torna possível o amor renascer reforçado, transfigurado, amadurecido, iluminado. A partir duma crise, tem-se a coragem de buscar as raízes profundas do que está a suceder, de voltar a negociar os acordos fundamentais, de encontrar um novo equilíbrio e de percorrer juntos uma nova etapa. Com esta atitude de constante abertura, podem-se enfrentar muitas situações difíceis. Em todo o caso, reconhecendo que a reconciliação é possível, hoje descobrimos que «se revela particularmente urgente um ministério dedicado àqueles cuja relação matrimonial se rompeu».

 

Momento de silencio

Canto de meditação

Breve cochicho em grupinhos: como nós enfrentamos as crises?

Partilha

Canto

Avisos

Pai nosso

Benção final

Canto finale

 

sabato 27 luglio 2024

QUARTO ENCONTRO DA PASTORAL FAMILIAR - 27 JULHO 2024

 




PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULO


Canto inicial

Saudação e motivação do padre

Primeira leitura: Rom 12, 9-16

Que o amor de vocês seja sem hipocrisia: detestem o mal e apeguem-se ao bem; no amor fraterno, sejam carinhosos uns com os outros, rivalizando na mútua estima. Quanto ao zelo, não sejam preguiçosos; sejam fervorosos de espírito, servindo ao Senhor. Sejam alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração. Sejam solidários com os cristãos em suas necessidades e se aperfeiçoem na prática da hospitalidade. Abençoem os que perseguem vocês; abençoem e não amaldiçoem. Alegrem-se com os que se alegram, e chorem com os que choram. Vivam em harmonia uns com os outros.

 

Salmo 116

Ref. :Amo ao Senhor, porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica.

 

1.      Ele inclinou a mim os seus ouvidos; portanto, o invocarei enquanto viver. Os cordéis da morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; encontrei aperto e tristeza.

 

2.      Então invoquei o nome do Senhor, dizendo: Ó Senhor, livra a minha alma. Piedoso é o Senhor e justo; o nosso Deus tem misericórdia.

 

3.      O Senhor guarda aos símplices; fui abatido, mas ele me livrou. Volta, minha alma, para o teu repouso, pois o Senhor te fez bem.

 

4.      Porque tu livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas, e os meus pés da queda. Andarei perante a face do Senhor na terra dos viventes.

 

Canto: Alleluja

Evangelho: Jo 13,34-35

Naquele tempo Jesus disse aos discípulos: Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

 

Papa Francisco, Amoris Laetitia 99-100

Amabilidade

99. Amar é também tornar-se amável, e nisto está o sentido do termo asjemonéi. Significa que o amor não age rudemente, não actua de forma inconveniente, não se mostra duro no trato. Os seus modos, as suas palavras, os seus gestos são agradáveis; não são ásperos, nem rígidos. Detesta fazer sofrer os outros. A cortesia «é uma escola de sensibilidade e altruísmo», que exige que a pessoa «cultive a sua mente e os seus sentidos, aprenda a ouvir, a falar e, em certos momentos, a calar». Ser amável não é um estilo que o cristão possa escolher ou rejeitar: faz parte das exigências irrenunciáveis do amor, por isso «todo o ser humano está obrigado a ser afável com aqueles que o rodeiam». Diariamente «entrar na vida do outro, mesmo quando faz parte da nossa existência, exige a delicadeza duma atitude não invasiva, que renova a confiança e o respeito. (...) E quanto mais íntimo e profundo for o amor, tanto mais exigirá o respeito pela liberdade e a capacidade de esperar que o outro abra a porta do seu coração».

100. A fim de se predispor para um verdadeiro encontro com o outro, requer-se um olhar amável pousado nele. Isto não é possível quando reina um pessimismo que põe em evidência os defeitos e erros alheios, talvez para compensar os próprios complexos. Um olhar amável faz com que nos detenhamos menos nos limites do outro, podendo assim tolerá-lo e unirmo-nos num projecto comum, apesar de sermos diferentes. O amor amável gera vínculos, cultiva laços, cria novas redes de integração, constrói um tecido social firme. Deste modo, uma pessoa protege-se a si mesma, pois, sem sentido de pertença, não se pode sustentar uma entrega aos outros, acabando cada um por buscar apenas as próprias conveniências, e a convivência torna-se impossível. Uma pessoa anti-social julga que os outros existem para satisfazer as suas necessidades e, quando o fazem, cumprem apenas o seu dever. Neste caso, não haveria espaço para a amabilidade do amor e a sua linguagem. A pessoa que ama é capaz de dizer palavras de incentivo, que reconfortam, fortalecem, consolam, estimulam. Vejamos, por exemplo, algumas palavras que Jesus dizia às pessoas: «Filho, tem confiança!» (Mt 9, 2). «Grande é a tua fé!» (Mt 15, 28). «Levanta-te!» (Mc 5, 41). «Vai em paz» (Lc 7, 50). «Não temais!» (Mt 14, 27). Não são palavras que humilham, angustiam, irritam, desprezam. Na família, é preciso aprender esta linguagem amável de Jesus.

Momento de silencio

Canto de meditação

Breve cochicho em grupinhos

Partilha

Canto

Apresentação do próximo ECC na nossa paróquia

Avisos

Pai nosso

Benção final

Canto finale

 

sabato 27 aprile 2024

PRIMEIRO ENCONTRO DA PASTORAL FAMILIAR-TEXTO DE REFLEXÃO

 



A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS

PAPA FRANCISCO

 

 O bem da família é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja. Inúmeras são as análises feitas sobre o matrimónio e a família, sobre as suas dificuldades e desafios atuais. É salutar prestar atenção à realidade concreta, porque «os pedidos e os apelos do Espírito ressoam também nos acontecimentos da história» através dos quais «a Igreja pode ser guiada para uma compreensão mais profunda do inexaurível mistério do matrimónio e da família».

Como cristãos, não podemos renunciar a propor o matrimónio, para não contradizer a sensibilidade atual, para estar na moda, ou por sentimentos de inferioridade face ao descalabro moral e humano; estaríamos a privar o mundo dos valores que podemos e devemos oferecer. É verdade que não tem sentido limitar-nos a uma denúncia retórica dos males atuais, como se isso pudesse mudar qualquer coisa. De nada serve também querer impor normas pela força da autoridade. É-nos pedido um esforço mais responsável e generoso, que consiste em apresentar as razões e os motivos para se optar pelo matrimónio e a família, de modo que as pessoas estejam melhor preparadas para responder à graça que Deus lhes oferece.

«Correndo o risco de simplificar, poderemos dizer que vivemos numa cultura que impele os jovens a não formarem uma família, porque privam-nos de possibilidades para o futuro. Mas esta mesma cultura apresenta a outros tantas opções que também eles são dissuadidos de formar uma família». Nalguns países, muitos jovens «são frequentemente levados a adiar o matrimónio por problemas de tipo económico, laboral ou de estudo. Às vezes também por outros  motivos, tais como a influência das ideologias que desvalorizam o matrimónio e a família, a experiência do fracasso de outros casais a que eles não se querem expor, o medo de algo que consideram demasiado grande e sagrado, as oportunidades sociais e os benefícios económicos derivados da convivência, uma concepção puramente emotiva e romântica do amor, o medo de perder a liberdade e a autonomia, a rejeição de tudo o que possa ser concebido como institucional e burocrático».

 Precisamos de encontrar as palavras, as motivações e os testemunhos que nos ajudem a tocar as cordas mais íntimas dos jovens, onde são mais capazes de generosidade, de compromisso, de amor e até mesmo de heroísmo, para convidá-los a aceitar, com entusiasmo e coragem, o desafio de matrimónio.