Chegaram hoje 40 cadeira do projeto 100 cadeiras. Além disso foram ajeitadas as janelas e a porta de ferro. Agradecomos a todas as pessoas que estão contribuindo para que a capela de Cristo Rei possa se tornar sempre mais acolhedora.
Chegaram hoje 40 cadeira do projeto 100 cadeiras. Além disso foram ajeitadas as janelas e a porta de ferro. Agradecomos a todas as pessoas que estão contribuindo para que a capela de Cristo Rei possa se tornar sempre mais acolhedora.
Nas proximas quintas feiras durante a adoração eucaristica, estaremos meditando as catequeses mistagogicas de Cirilo de Jerusalém. Por isso, quem quiser aprofundar a vida deste padre da Igreja, pode ler o relato aqui em baixo.
No ano 348 tornou-se Cirilo bispo da cidade de Jerusalém, onde
provavelmente nasceu por volta do ano 315. Fora em 345 ordenado sacerdote por
Máximo II, a quem sucederia após sua morte ou deposição levada a efeito pelos
eusebianos. Muito depressa Acácio, metropolita da Província e um dos chefes dos
eusebianos, investe contra Cirilo, defensor da fé de Nicéia. Seguem-se
acusações mútuas acerca da fé de cada um. Cirilo é exilado por três vezes em
uma situação parecida à de São João Crisóstomo com Teófilo de Alexandria.
Em 358/9 o concílio de Seleucia o restabelece em sua sé episcopal. No ano
seguinte será desterrado por ordem do Imperador Constâncio, movido por Acácio e
seguidores. Ele permanece no desterro até 362, quando é favorecido pela anistia
geral proclamada por Juliano. Porém, em 367, apesar da morte de Acácio, ele
volta ao exílio até que, em 378, Graciano decreta a suspensão do desterro para
todos os bispos. Em 381 encontramo-lo entre os padres conciliares do primeiro
Concílio de Constantinopla. A liturgia ocidental e oriental comemora no dia 18
de março a sua morte, que deve ter-se dado no ano de 387.
É necessário distinguir em Cirilo o teólogo e a testemunha da fé e da
Tradição cristã, de modo geral, e da Igreja de Jerusalém, em particular. Como
teólogo ele não apresenta a profundidade doutrinal dos Padres da segunda metade
do século IV, defensores da ortodoxia, como Santo Atanásio e Santo Hilário ou
teólogos como São Basílio e os demais Padres Capadócios que marcarão o
pensamento teológico, influenciando as gerações futuras. Mas é uma valiosa
testemunha da Tradição antiga e eco da fé católica professada em Nicéia e, mais
tarde, no primeiro Concílio de Constantinopla.
Uma rápida visão da época em que viveu Cirilo ajudar-nos-á a melhor
apreender o motivo que subjaz a muitos ditos seus ao longo de suas obras. No
século II a Igreja se vê diante de correntes religiosas que se esforçam para
exercer uma espécie de sedução sobre os homens de seu tempo: a gnose e as
religiões de Mistério. O gnosticismo continuará presente nos séculos
posteriores sob formas diversas, sendo combatido por Justino, Santo Ireneu,
Tertuliano e o autor dos Philosophumena. Localizar-se-á, sobretudo, no Egito e
na Síria. A gnose fala de uma centelha divina no homem, o qual, provindo do
reino divino, caiu neste mundo. Aqui o homem se encontra submisso ao destino,
ao nascimento, à morte e tem necessidade de ser despertado por seu arquétipo
celeste ao qual ele finalmente se reunirá. Esta libertação se dá pelo
conhecimento (gnose), que consiste essencialmente em conhecer-se, melhor, se
reduz à necessidade de reconhecer o elemento divino que constitui o verdadeiro
«eu». Liberta-se assim de todos os «poderes» que o retêm no «profano» e no
erro. Ao mesmo tempo que tais correntes angariavam adeptos, no interior da
Igreja se assistia ao surgimento de doutrinas anti-trinitárias. Incapazes de
admitir a diversidade de Pessoas na unidade de uma e mesma Natureza divina,
negavam alguns a divindade do Cristo reduzindo-o a um simples homem dotado de
extraordinários poderes e virtudes (dinamistas), ou explicavam sua
personalidade como mera modalidade da de Deus Pai (modalistas, patripassianos).
Em relação ao Filho, temos Noeto e Práxeas; em relação ao Espírito Santo, temos
Sabélio. Daí à doutrina sustentada por Ário, sacerdote da Igreja de Alexandria,
seria um passo. Logo após a vitória sobre Licínio, Constantino, único
imperador, escreve a Alexandre, bispo de Alexandria, para que ele se ponha de
acordo com Ário. Alexandre se escandalizara com as posições cristológicas de
seu sacerdote Ário, que, de mil maneiras, mesmo através de cânticos populares,
ensinava que o Cristo não é verdadeiramente Deus. Em uma carta a Eusébio de
Nicomedia, Ario expõe sua posição: «Ele (o Cristo) começou a existir por um ato
de vontade. Antes de ser gerado Ele não era». Tal discussão culminará com o
primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia, em 325, onde se proclamará, contra o
arianismo, a divindade do Filho e sua consubstancialidade (homoousía) com o
Pai. A luta ariana (318-381) coincide com a vida de São Cirilo e caracteriza
este período. Concílios e sínodos, fórmulas e mais fórmulas de fé, mútuas
condenações constituem a tecedura desta luta. Para aumentar a confusão dos
fiéis, surgiram, dentro das correntes heterodoxas, outras com matizes diversos,
uma mais extremada, a dos anomeus, outra mais mitigada; a dos semi-arianos ou
homoioúsios. A muitos faltavam serenidade e magnanimidade, deixando-se envolver
em intrigas e mesmo fraudes e violências.
Em meio a tal situação se destacam a ousadia e a sobriedade, a profundidade
e a mente esclarecida de um Basílio Magno, Gregório Nazianzeno, Gregório de
Nissa, Cirilo de Alexandria e outros. São Cirilo em suas catequeses alerta os
fiéis não só contra as afirmações anticristãs provindas do meio gentílico ou
judaico, mas também contra as asserções heréticas. Enumera os vícios dos deuses
adorados pelos pagãos, assim como de seus adoradores. Busca no A.T. anúncios e
prefigurações do N.T., em oposição aos judeus, e mostra a unidade de ambos os
Testamentos, o que era rejeitado pelos gnósticos. Levanta-se contra os hereges,
cujas obras ele diz ter lido: «Estas coisas, fala Cirilo, estão nos livros dos
maniqueus, eu as li, porque não cria nos que me falavam delas; e as examinei
cuidadosamente para segurança vossa e ruína dos outros». Muito se escreveu sobre o fato de Cirilo
jamais empregar o termo homooúsios: consubstancial. Todavia, a simples leitura
de suas catequeses nos mostra um Cirilo preocupado em ser o mais simples
possível, evitando sempre que possível o emprego de termos teológicos. Ele tem
diante de si pessoas pouco versadas em doutrina cristã, às quais deseja
transmitir de modo acessível e com proveito suas instruções. Daí o fato de ele
expor a doutrina em uma terminologia fundamentalmente bíblica. Ademais, o termo
homooúsios foi compreendido por alguns em um sentido sabeliano, que Cirilo
tantas vezes combate.
I.3 Particularidades da Igreja de Jerusalém
Através das próprias catequeses de São Cirilo podemos ter uma idéia da
Igreja de Jerusalém. O costume da catequese era cuidadosamente observado em
Jerusalém. Se em outras Igrejas a exposição do Credo se resumia a duas, três ou
mais apresentações, em Jerusalém se lhe dedicava todo o tempo da Quaresma.
Compreende-se o motivo pelo qual o conjunto das catequeses nos oferece todo um
sistema doutrinário. Na Catequese Preliminar ele nos faz ver a importância
conferida a esta ação catequética: «Aprende o que ouves e guarda-o para sempre.
Não creias serem estas homilias habituais. Também elas são boas e dignas de fé».
Cirilo pronuncia as catequeses na Igreja da Ressurreição e na Capela do Santo
Sepulcro. Para que alguém fosse admitido ao catecumenato exigia-se, segundo
menciona Eusébio, a imposição das mãos e a oração. O primeiro Concílio de
Constantinopla (381) nos fala dos exorcismos e da insuflação, feitos em três
dias consecutivos. No primeiro dia, diz o Concílio, fazemo-los cristãos; no
segundo catecúmenos; no terceiro os exorcizamos, soprando por três vezes o
rosto e os ouvidos e assim os catequizamos4. São Cirilo se refere expressamente
aos exorcismos5, os quais são recebidos com a face coberta com um véu: «O teu
rosto foi coberto com um véu, a fim de que todo o teu pensamento não estivesse
disperso, e o olhar, divagando, não fizesse vagar também o coração». Após o
primeiro grau de Catecumenato passa-se ao dos Competentes com todo um período
de preparação e que antecedia em algumas semanas à Páscoa. O bispo lhes dirigia
uma exortação, seguida da inscrição nos registros da Igreja. Esta se fazia, em
Jerusalém, no princípio da Quaresma e num mesmo dia. Recebiam então o nome de
fiéis. «Vê que, sendo chamado fiel, tua intenção não seja de um infiel». Findo
o que se seguia à preparação imediata para o batismo que compreendia duas
partes principais:
a) Preparação ascética: que Cirilo descreve na Catequese Preliminar, na
primeira e na segunda Catequese. Três obras a caracterizam: o jejum, a
penitência e a confissão dos pecados.
Jejum: o jejum se estendia, na comunidade jerosolimitana, pelo espaço de 40
dias, inclusive os sábados e domingos, e abarcava também a abstinência de vinho
e carnes. Além deste jejum quaresmal existia o jejum pascal, muito mais
rigoroso. Penitência: acentua-se não só a penitência externa, mas também a
interna como meio imprescindível para uma digna recepção do batismo. Diz
Cirilo: «Prepara teu coração para receberes as doutrinas, para participares dos
sagrados mistérios». É o convite à renúncia a todo mau hábito e à purificação
dos pecados. «Deixa desde já toda obra má; que tua língua não fale palavras
inconvenientes; que teu olhar já não peque mais e que teu espírito não se ocupe
com coisas vãs.” Este espírito de penitência é fruto da graça de Deus implorada
na oração. Por isso Cirilo insiste que seus ouvintes sejam assíduos à oração:
“Reza com insistência a fim de que Deus te faça digno dos celestes e imortais
mistérios. Não cesses nem de dia nem de noite”. Quarenta dias, no entanto, é pouco
tempo de preparação para os que viveram entregues às vaidades. Daí a
necessidade de receber com toda devoção os exorcismos, assistir às catequeses
com pureza de intenção.
Confissão: São Cirilo desenvolve de modo todo especial o inciso sobre a
confissão dos pecados. No início da primeira Catequese ele exclama: «Vós que
estais cobertos com o manto das transgressões e estais ligados com as cadeias
dos vossos pecados, escutai a voz profética que diz: Lavai-vos, purificai-vos».
Em outra Catequese ele repete: «Quão excelente é confessar-se». A segunda
Catequese é praticamente uma grande exortação à confissão apresentada não como
mero relato de pecados, mas expressando uma situação existencial e conseqüente
vontade de mudar de vida. Os termos que ocorrem para designar a confissão são
significativos: (confissão) e (penitência).
b) Preparação catequética: Nota-se aqui a diferença da Igreja de Jerusalém
das demais Igrejas. Como já dissemos acima, em Jerusalém se emprega toda a
Quaresma para explicar o Credo, enquanto nas demais igrejas a exposição do
Credo se restringe a duas ou mais apresentações. Cirilo profere vinte e três
catequeses, o que por si só exprime a importância que é dada à catequese na
preparação batismal. As dezoito primeiras se dirigem aos que se preparam para o
batismo e comentam basicamente o Credo artigo por artigo. As últimas cinco são
pronunciadas para os recém-batizados, durante a semana da Páscoa, na capela do
Santo Sepulcro. As cinco tratam da doutrina, dos ritos e cerimônias dos
sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia
Canto de
exposição ao Santíssimo
Motivação
do coordenador pastoral ou do ministro
Momento de
silencio
Leitura da
Bíblia
Evangelho
de Lucas 3, 7-16
João dizia
às multidões que saíam para serem batizadas por ele: "Raça de víboras!
Quem deu a vocês a ideia de fugir da ira que se aproxima? Deem frutos que
mostrem o arrependimento. E não comecem a dizer a si mesmos: 'Abraão é nosso
pai'. Pois eu digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão. O
machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto
será cortada e lançada ao fogo". "O que devemos fazer então?",
perguntavam as multidões. João respondia: "Quem tem duas túnicas dê uma a
quem não tem nenhuma; e quem tem comida faça o mesmo". Alguns publicanos
também vieram para serem batizados. Eles perguntaram: "Mestre, o que
devemos fazer?" Ele respondeu: "Não cobrem nada além do que foi
estipulado". Então alguns soldados lhe perguntaram: "E nós, o que
devemos fazer?" Ele respondeu: "Não pratiquem extorsão nem acusem
ninguém falsamente; contentem-se com o seu salário". O povo estava em
grande expectativa, questionando em seu coração se acaso João não seria o
Cristo. João respondeu a todos: "Eu os batizo com água. Mas virá alguém
mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de desamarrar as correias
das suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo.
Momento de
silencio
Canto de
meditação
Silencio
Leitura:
Primeira Catequese Mistagógica de Cirilo de Jerusalém no dia do batismo dos
neófitos
Os recém-iluminados e leitura da primeira epístola católica de São Pedro
desde: «Estai alerta e vigia» até o final da epístola 1, do mesmo Cirilo e do
bispo João.
Desde há muito tempo desejava falar-vos, filhos legítimos e muito amados da
Igreja, sobre estes espirituais e celestes mistérios. Mas como sei bem que a
vista é mais fiel que o ouvido, esperei a ocasião presente, para encontrar-vos,
depois desta grande noite, mais preparados para compreender o que se vos fala e
levar-vos pelas mãos ao prado luminoso e fragrante deste paraíso. Além disso,
já estais melhor preparados para apreender os mistérios todo divinos que se
referem ao divino e vivificante batismo. Uma vez, pois, que vos proporemos uma
mesa com doutrinas de iniciação perfeita, é necessário ensinar-vos com
precisão, para penetrardes o sentido do que se passou convosco nesta noite batismal.
Entrastes primeiro no adro do batistério. Depois vos voltastes para o Ocidente
e atentos escutastes. Recebestes então a ordem de estender a mão, e
renunciastes a satanás como se estivesse ali presente. É preciso que saibais
que na história antiga há uma figura deste gesto. Quando o faraó, o mais
inumano e cruel tirano, oprimia o povo livre e nobre dos hebreus, Deus enviou
Moisés a tirá-los desta penosa escravidão dos egípcios. Com sangue de cordeiro
eram ungidas as ombreiras das portas, a fim de que o exterminador passasse
pelas casas que ostentassem o sinal do sangue. Assim, o povo dos hebreus foi
admiravelmente libertado. Quando, depois da libertação, faraó os perseguiu e
viu o mar abrir-se maravilhosamente diante deles, avançou mesmo assim ao
encalço deles e, submerso instantaneamente, foi engolido pelo Mar Vermelho. Passai
agora comigo das coisas antigas às novas, da figura à realidade. Lá Moisés foi
enviado por Deus ao Egito; aqui Cristo, do seio do Pai, foi enviado ao mundo.
Aquele para tirar o povo oprimido do Egito; Cristo para livrar os que no mundo
são acabrunhados pelo pecado. Lá o sangue do cordeiro afastou o anjo
exterminador; aqui o sangue do Cordeiro Imaculado, Jesus Cristo, constitui um
refúgio contra os demônios. Aquele tirano perseguiu até o mar este povo antigo;
e a ti, o demônio atrevido, impudente e príncipe do mal, te segue até as fontes
mesmas da salvação. Aquele afogou-se no mar; este desaparece na água da
salvação.
Entretanto, ouves, com a mão estendida, dizer como a um presente: «Eu
renuncio a ti, satanás». Quero também falar-vos porque estais voltados para o
Ocidente, pois é necessário. O Ocidente é o lugar das trevas visíveis e como
aquele [satã] é trevas, tem o seu poder nas trevas. Por essa razão,
simbolicamente olhais para o Ocidente e renunciais a este príncipe tenebroso e
sombrio. O que então cada um de vós, de pé, dizia? Renuncio a ti, satanás, a ti
mau e crudelíssimo tirano: já não temo, dizias, a tua força. Pois Cristo a
destruiu, fazendo-me participe de seu sangue e de sua carne, a fim de abolir a
morte pela morte e eu não estar eternamente sujeito à escravidão. Renuncio a
ti, serpente astuta e capaz de todo mal. Renuncio a ti, que armas insídias e,
simulando amizade, praticaste toda sorte de iniquidade e sugeriste a nossos
primeiros pais a apostasia. Renuncio a ti, satanás, artífice e cúmplice de todo
mal. Em seguida, numa segunda fórmula,
és ensinado a dizer: «E a todas as tuas obras». Obras de satanás são todos os
pecados, aos quais é necessário renunciar, assim como quem foge de um tirano
atira para longe de si todas as armas dele. Todo o gênero de pecado está, pois,
incluído nas obras do diabo. Aliás, sabes que tudo quanto dizes naquela hora
tremente está inscrito nos livros invisíveis de Deus. Se, pois, fores
surpreendido fazendo algo contrário a estes, serás julgado como transgressor. Renúncias,
portanto, às obras de satanás, isto é, a todas as ações e pensamentos
contrários à promessa.
Quando, então, renuncias a satanás, rompendo todo pacto com ele, quebras as
velhas alianças com o inferno. Abre-se para ti o paraíso de Deus, que ele
plantou para o lado do oriente, donde por sua transgressão foi expulso nosso
primeiro pai. Disto é símbolo o te voltares do Ocidente para o Oriente, lugar
da luz. Então te foi ordenado que dissesses: «Creio no Pai e no Filho e no
Espírito Santo e no único batismo de penitência». Disto vos falamos
extensamente, nas catequeses anteriores, como no-lo permitiu a graça de Deus. Fortalecido
por estas palavras, vigia. Pois nosso adversário o diabo, como foi lido, anda
ao redor, buscando a quem devorar. Deveras, nos tempos anteriores a este, a
morte devorava, poderosa. Depois do batismo sagrado da regeneração, Deus
enxugou toda lágrima de todas as faces. Com efeito, já não choras por teres te
despido do velho homem, mas estás em festa porque te revestiste com a
vestimenta da salvação, Jesus Cristo. Tudo isto se realizou no edifício
exterior. Se aprouver a Deus, quando nas Catequeses Mistagógicas seguintes
entrarmos no Santo dos Santos, conheceremos, então, os símbolos das coisas que
lá se realizam. A Deus glória, poder e magnificência, com o Filho e o Espírito
Santo pelos séculos dos séculos. Amém.
Silencio
Canto de meditação
Silencio
Preces espontâneas (o ministro convida a
partilhar pedidos a voz alta)
Pai nosso
Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.
ADORAÇÃO EUCARISTICA
Canto de exposição
ao Santíssimo
Motivação do
coordenador pastoral ou do ministro
Momento de
silencio
Leitura da Bíblia
Não se preocupem Mt 6, 25-32
"Portanto eu digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao
que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a
vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa? Observem
as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o
Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? Quem de
vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?
"Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do
campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu digo que nem Salomão, em todo
o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo,
que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês,
homens de pequena fé? Portanto, não se preocupem, dizendo: 'Que vamos comer?'
ou 'Que vamos beber?' ou 'Que vamos vestir?' Pois os pagãos é que correm atrás
dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem,
pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas
serão acrescentadas a vocês. Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o
amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal.
Momento de
silencio
Canto de
meditação
Silencio
Leitura: A atenção para com o pobre em São Basílio Magno
O bispo de Cesareia, século IV, trabalhou muito com pessoas que não tinham
meios para a sobrevivência de modo que ele denunciou situações de injustiças
pelos quais muitas pessoas pobres passavam por necessidades para terem uma vida
digna. São Basílio, bispo de Cesareia, século IV, hoje na Turquia, foi um dos
grandes defensores dos pobres. A palavra pobre vem do latim, pauper-eris,
cujo significado é o que tem escassos meios econômicos, que tem a falta do
dinheiro necessário para viver. O
bispo de Cesareia trabalhou muito com pessoas que não tinham meios para a
sobrevivência de modo que ele denunciou situações de injustiças pelos quais
muitas pessoas pobres passavam por necessidades para terem uma vida digna. Ele
os encontrava nas praças, nas ruas, nas periferias dos povoados, nos campos e
nas cidades. Era preciso realizar uma missão que ajudasse a viver melhor o
cotidiano de suas existências. Para isso ele organizou políticas, como formas
de caridade, que ajudasse os mais necessitados, através do movimento monacal,
fundado por ele para que este não se estabelecesse no deserto, como era a
prática daquele tempo, para se encontrar com Deus, com Jesus, mas ele quis que
os monges estivessem nas periferias das cidades, ajudando-os nas suas necessidades
materiais e espirituais. O encontro com o Senhor era dado nessas situações. A
seguir ver-se-á alguns pontos de sua doutrina e vida.
Misericórdia e generosidade
Em suas regras pastorais, o bispo insistiu junto aos seus fiéis para
serem misericordiosos e generosos para com aqueles e aquelas que não tinham os
meios necessários para as suas vidas, porque muitas vezes os pobres eram
colocados sob acusação, ou seja, eram criticados pelas pessoas que tinham o
poder econômico ou político. Deste modo ele insistia para que qualquer coisa
que alguém tivesse a mais do necessário para viver, fosse dado a eles em
beneficência, segundo o preceito do Senhor, através da pregação do Precursor,
João Batista que exortava a todos aqueles que tivessem duas túnicas, doassem as
pessoas uma para quem não a tivesse e a quem possuísse comida fizesse o mesmo,
através da partilha com os mais necessitados (Lc 3,11). A palavra de Deus
também se concretizava pela exortação de São Paulo aos Coríntios que diz que
todas as coisas que a pessoa possui é dom de Deus (1 Cor 4,7).
A abundância dos bens
São Basílio dizia que as pessoas não buscassem a superabundância dos
bens na vida, nem fossem solícitas pela opulência, mas que os fiéis se
mantivessem puros diante de toda espécie de ganância e de toda a vontade da
busca pela riqueza. O bispo seguiu a palavra de Cristo no sentido de permanecer
longe de toda a ganância pela riqueza, porque a vida de um ser humano não
consiste na quantidade de bens (Lc 12,15). A vida presente não é dada só pelos
bens, porque estes passam, enquanto as relações que foram mantidas com as
pessoas, com os pobres e com Deus, estas permanecem. Ele também colocou a
necessidade de ser fiel a Deus, porque não se pode servir a Deus e ao dinheiro
(Mt 6,25).
São Basílio se aproximava na casa dos pobres também para aprender com
eles a forma de viver, com pouca coisa ou quase nada para assim servir melhor o
Senhor. Ele tinha presente a palavra de São João Batista para dar uma túnica a
quem tivesse duas para alguma pessoa que não a possuísse (Lc 3,11). O próprio
Senhor disse que se a pessoa desejasse a perfeição, ela venderia aquilo que
tivesse, daria aos pobres, tendo um tesouro no céu e em seguida o seguiria (Mt
19,21). São Basílio, bispo, seguiu o
Senhor, vivendo de uma forma pobre, sendo defensor dos mesmos diante das
injustiças que eram percebidas naquela época nas famílias, nas comunidades e na
sociedade. Ele agiu para o bem dos pobres, porque ele o fazia com amor e para
seguir a Jesus Cristo, o pobre entre os pobres. Ele amou os mais necessitados
de modo que viveu a alegria de estar com o Senhor que quer o bem de todos,
sobretudo os mais necessitados, os pobres em vista do Reino de Deus.
Silencio
Canto de meditação
Silencio
Preces espontâneas (o ministro convida a partilhar
pedidos a voz alta)
Pai nosso
Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.