sabato 10 febbraio 2024

ADORAÇÃO EUCARISTICA: COM O BATISMO PARTECIPAMOS DA MORTE DE CRISTO

 




 

Canto de exposição ao Santíssimo

Motivação do coordenador pastoral ou do ministro

Momento de silencio

Leitura da Bíblia

Carta aos Romanos 6, 1-11

Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça? De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele?  Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição; 6 sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado. Pois quem está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos, sabendo que, tendo Cristo ressurgido dentre os mortos, já não morre mais; a morte não mais tem domínio sobre ele.  Pois quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.

Momento de silencio

Canto de meditação

Silencio

Leitura: Segunda Catequese Mistagógica de Cirilo de Jerusalém no dia do batismo dos neófitos

1 Despojamento dos vestidos

 Logo que entrastes, despistes a túnica. E isto era imagem do despojamento do velho homem com suas obras. Despidos, estáveis nus, imitando também nisso a Cristo nu sobre a cruz. Por sua nudez despojou os principados e as potestades e no lenho triunfou corajosamente sobre eles. As forças inimigas habitavam em vossos membros. Agora já não vos é permitido trazer aquela velha túnica, digo, não esta túnica visível, mas o homem velho corrompido pelas concupiscências falazes. Oxalá a alma, uma vez despojada dele, jamais torne a vesti-la, mas possa dizer com a esposa de Cristo, no Cântico dos Cânticos: «Tirei minha túnica, como irei revesti-la?». Ó maravilha, estáveis nus à vista de todos e não vos envergonhastes. Em verdade éreis imagem do primeiro homem Adão, que no paraíso andava nu e não se envergonhava. 

2 Unção

Depois de despidos, fostes ungidos com óleo exorcizado desde o alto da cabeça até os pés. Assim, vos tornastes participantes da oliveira cultivada, Jesus Cristo. Cortados da oliveira bravia, fostes enxertados na oliveira cultivada e vos tornastes participantes da abundância da verdadeira oliveira. O óleo exorcizado era símbolo, pois, da participação da riqueza de Cristo. Afugenta toda presença das forças adversas. Como a insuflação dos santos e a invocação do nome de Deus, qual chama impetuosa, queima e expele os demônios, assim este óleo exorcizado recebe, pela invocação de Deus e pela prece, uma tal força que, queimando, não só apaga os vestígios dos pecados, mas ainda põe em fuga as forças invisíveis do maligno. 

3 Imersão batismal

Depois disto fostes conduzidos pela mão à santa piscina do divino batismo, como Cristo da cruz ao sepulcro que está à vossa frente. E cada qual foi perguntado se cria no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. E fizestes a profissão salutar, e fostes imersos três vezes na água e em seguida emergistes, significando também com isto, simbolicamente, o sepultamento de três dias de Cristo. E assim como nosso Salvador passou três dias e três noites no coração da terra , do mesmo modo vós, com a primeira imersão, imitastes o primeiro dia de Cristo na terra, e com a imersão, a noite. Como aquele que está na noite nada enxerga e ao contrário o que está no dia tudo enxerga na luz, assim vós na imersão, como na noite, nada enxergastes; mas na emersão, de novo vos encontrastes no dia. E no mesmo momento morrestes e nascestes. Esta água salutar tanto foi vosso sepulcro como vossa mãe. E o que Salomão disse em outras circunstâncias, sem dúvida, pode ser adaptado a vós: «Há tempo para nascer, e tempo para morrer». Mas para vós foi o inverso: tempo para morrer, e tempo para nascer. Um só tempo produziu ambos os efeitos e o vosso nascimento ocorre com vossa morte. 

4 Efeitos místicos

Oh! fato estranho e paradoxal! Não morremos em verdade, não fomos sepultados em verdade, não fomos crucificados e ressuscitados em verdade. A imitação é uma imagem; a salvação, uma verdade. Cristo foi crucificado, sepultado e verdadeiramente ressuscitou. Todas estas coisas nos foram agraciadas a fim de que, participando, por imitação, de seus sofrimentos, em verdade logremos a salvação. Oh! amor sem medida! Cristo recebeu em suas mãos imaculadas os pregos e padeceu, e a mim, sem sofrimento e sem pena, concede graciosamente por esta participação a salvação. Ninguém, pois, creia que o batismo só obtém a remissão dos pecados, como o batismo de João só conferia o perdão dos pecados. Também nos concede a graça da adoção de filhos. Mas nós sabemos, com precisão, que como é purificação dos pecados e prodigalizador do dom do Espírito Santo, é também figura da Paixão de Cristo. Por isso clama a propósito Paulo, dizendo: «Ou ignorais que todos nós, que fomos batizados para Cristo Jesus, fomos batizados para [participar da] sua morte? Com ele fomos sepultados pelo batismo». Talvez dissesse estas coisas por causa de alguns, dispostos a ver o batismo como prodigaizador da remissão dos pecados e da adoção, mas não como participação, por imitação, dos verdadeiros sofrimentos de Cristo.

Silencio

Canto de meditação

Silencio

Preces espontâneas (o ministro convida a partilhar pedidos a voz alta)

Pai nosso

Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.


CALENDÁRIO PASTORAL 12-18 FEVEREIRO 2024

 




 

 

SEGUNDA 12

19: grupo de oração no são Vicente

 

TERÇA 13

18,30: terço da juventude na comunidade Cristo Rei

19: novenário nas comunidades

 

QUARTA 14

10-18: visita à comunidade santo Inacio

18: Conselho pastoral comunidade santo Inacio

19,30: missa de quarta feira de cinza na capela são Vicente (para as 7 comunidades)

 

QUINTA 15

O padre está na jornada pedagógica da faculdade

19: adoração eucarística nas comunidades

 

SEXTA 16

O padre está na jornada pedagógica da faculdade

 

SÁBADO 17

8,30-18: o padre atende na secretaria paroquial

12: almoço comunitário Caritas

18: curso formação catequistas

19: encontro com os pais da primeira eucaristia

20: Pre-retiro PJ

 

DOMINGO 18

7: missa santo Antônio

8,30-12: Retiro espiritual de quaresma (com almoço comunitário)

17: Missa Cristo Rei

18,30: Missa são Pedro

19,45: Missa são Vicente

sabato 3 febbraio 2024

Cirilo de Jerusalém: dados biográficos

 




Nas proximas quintas feiras durante a adoração eucaristica, estaremos meditando as catequeses mistagogicas de Cirilo de Jerusalém. Por isso, quem quiser aprofundar a vida deste padre da Igreja, pode ler o relato aqui em baixo. 


No ano 348 tornou-se Cirilo bispo da cidade de Jerusalém, onde provavelmente nasceu por volta do ano 315. Fora em 345 ordenado sacerdote por Máximo II, a quem sucederia após sua morte ou deposição levada a efeito pelos eusebianos. Muito depressa Acácio, metropolita da Província e um dos chefes dos eusebianos, investe contra Cirilo, defensor da fé de Nicéia. Seguem-se acusações mútuas acerca da fé de cada um. Cirilo é exilado por três vezes em uma situação parecida à de São João Crisóstomo com Teófilo de Alexandria.

Em 358/9 o concílio de Seleucia o restabelece em sua sé episcopal. No ano seguinte será desterrado por ordem do Imperador Constâncio, movido por Acácio e seguidores. Ele permanece no desterro até 362, quando é favorecido pela anistia geral proclamada por Juliano. Porém, em 367, apesar da morte de Acácio, ele volta ao exílio até que, em 378, Graciano decreta a suspensão do desterro para todos os bispos. Em 381 encontramo-lo entre os padres conciliares do primeiro Concílio de Constantinopla. A liturgia ocidental e oriental comemora no dia 18 de março a sua morte, que deve ter-se dado no ano de 387.

É necessário distinguir em Cirilo o teólogo e a testemunha da fé e da Tradição cristã, de modo geral, e da Igreja de Jerusalém, em particular. Como teólogo ele não apresenta a profundidade doutrinal dos Padres da segunda metade do século IV, defensores da ortodoxia, como Santo Atanásio e Santo Hilário ou teólogos como São Basílio e os demais Padres Capadócios que marcarão o pensamento teológico, influenciando as gerações futuras. Mas é uma valiosa testemunha da Tradição antiga e eco da fé católica professada em Nicéia e, mais tarde, no primeiro Concílio de Constantinopla.

I.2 Caracterização da época

Uma rápida visão da época em que viveu Cirilo ajudar-nos-á a melhor apreender o motivo que subjaz a muitos ditos seus ao longo de suas obras. No século II a Igreja se vê diante de correntes religiosas que se esforçam para exercer uma espécie de sedução sobre os homens de seu tempo: a gnose e as religiões de Mistério. O gnosticismo continuará presente nos séculos posteriores sob formas diversas, sendo combatido por Justino, Santo Ireneu, Tertuliano e o autor dos Philosophumena. Localizar-se-á, sobretudo, no Egito e na Síria. A gnose fala de uma centelha divina no homem, o qual, provindo do reino divino, caiu neste mundo. Aqui o homem se encontra submisso ao destino, ao nascimento, à morte e tem necessidade de ser despertado por seu arquétipo celeste ao qual ele finalmente se reunirá. Esta libertação se dá pelo conhecimento (gnose), que consiste essencialmente em conhecer-se, melhor, se reduz à necessidade de reconhecer o elemento divino que constitui o verdadeiro «eu». Liberta-se assim de todos os «poderes» que o retêm no «profano» e no erro. Ao mesmo tempo que tais correntes angariavam adeptos, no interior da Igreja se assistia ao surgimento de doutrinas anti-trinitárias. Incapazes de admitir a diversidade de Pessoas na unidade de uma e mesma Natureza divina, negavam alguns a divindade do Cristo reduzindo-o a um simples homem dotado de extraordinários poderes e virtudes (dinamistas), ou explicavam sua personalidade como mera modalidade da de Deus Pai (modalistas, patripassianos). Em relação ao Filho, temos Noeto e Práxeas; em relação ao Espírito Santo, temos Sabélio. Daí à doutrina sustentada por Ário, sacerdote da Igreja de Alexandria, seria um passo. Logo após a vitória sobre Licínio, Constantino, único imperador, escreve a Alexandre, bispo de Alexandria, para que ele se ponha de acordo com Ário. Alexandre se escandalizara com as posições cristológicas de seu sacerdote Ário, que, de mil maneiras, mesmo através de cânticos populares, ensinava que o Cristo não é verdadeiramente Deus. Em uma carta a Eusébio de Nicomedia, Ario expõe sua posição: «Ele (o Cristo) começou a existir por um ato de vontade. Antes de ser gerado Ele não era». Tal discussão culminará com o primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia, em 325, onde se proclamará, contra o arianismo, a divindade do Filho e sua consubstancialidade (homoousía) com o Pai. A luta ariana (318-381) coincide com a vida de São Cirilo e caracteriza este período. Concílios e sínodos, fórmulas e mais fórmulas de fé, mútuas condenações constituem a tecedura desta luta. Para aumentar a confusão dos fiéis, surgiram, dentro das correntes heterodoxas, outras com matizes diversos, uma mais extremada, a dos anomeus, outra mais mitigada; a dos semi-arianos ou homoioúsios. A muitos faltavam serenidade e magnanimidade, deixando-se envolver em intrigas e mesmo fraudes e violências.

Em meio a tal situação se destacam a ousadia e a sobriedade, a profundidade e a mente esclarecida de um Basílio Magno, Gregório Nazianzeno, Gregório de Nissa, Cirilo de Alexandria e outros. São Cirilo em suas catequeses alerta os fiéis não só contra as afirmações anticristãs provindas do meio gentílico ou judaico, mas também contra as asserções heréticas. Enumera os vícios dos deuses adorados pelos pagãos, assim como de seus adoradores. Busca no A.T. anúncios e prefigurações do N.T., em oposição aos judeus, e mostra a unidade de ambos os Testamentos, o que era rejeitado pelos gnósticos. Levanta-se contra os hereges, cujas obras ele diz ter lido: «Estas coisas, fala Cirilo, estão nos livros dos maniqueus, eu as li, porque não cria nos que me falavam delas; e as examinei cuidadosamente para segurança vossa e ruína dos outros».  Muito se escreveu sobre o fato de Cirilo jamais empregar o termo homooúsios: consubstancial. Todavia, a simples leitura de suas catequeses nos mostra um Cirilo preocupado em ser o mais simples possível, evitando sempre que possível o emprego de termos teológicos. Ele tem diante de si pessoas pouco versadas em doutrina cristã, às quais deseja transmitir de modo acessível e com proveito suas instruções. Daí o fato de ele expor a doutrina em uma terminologia fundamentalmente bíblica. Ademais, o termo homooúsios foi compreendido por alguns em um sentido sabeliano, que Cirilo tantas vezes combate. 

I.3 Particularidades da Igreja de Jerusalém

Através das próprias catequeses de São Cirilo podemos ter uma idéia da Igreja de Jerusalém. O costume da catequese era cuidadosamente observado em Jerusalém. Se em outras Igrejas a exposição do Credo se resumia a duas, três ou mais apresentações, em Jerusalém se lhe dedicava todo o tempo da Quaresma. Compreende-se o motivo pelo qual o conjunto das catequeses nos oferece todo um sistema doutrinário. Na Catequese Preliminar ele nos faz ver a importância conferida a esta ação catequética: «Aprende o que ouves e guarda-o para sempre. Não creias serem estas homilias habituais. Também elas são boas e dignas de fé». Cirilo pronuncia as catequeses na Igreja da Ressurreição e na Capela do Santo Sepulcro. Para que alguém fosse admitido ao catecumenato exigia-se, segundo menciona Eusébio, a imposição das mãos e a oração. O primeiro Concílio de Constantinopla (381) nos fala dos exorcismos e da insuflação, feitos em três dias consecutivos. No primeiro dia, diz o Concílio, fazemo-los cristãos; no segundo catecúmenos; no terceiro os exorcizamos, soprando por três vezes o rosto e os ouvidos e assim os catequizamos4. São Cirilo se refere expressamente aos exorcismos5, os quais são recebidos com a face coberta com um véu: «O teu rosto foi coberto com um véu, a fim de que todo o teu pensamento não estivesse disperso, e o olhar, divagando, não fizesse vagar também o coração». Após o primeiro grau de Catecumenato passa-se ao dos Competentes com todo um período de preparação e que antecedia em algumas semanas à Páscoa. O bispo lhes dirigia uma exortação, seguida da inscrição nos registros da Igreja. Esta se fazia, em Jerusalém, no princípio da Quaresma e num mesmo dia. Recebiam então o nome de fiéis. «Vê que, sendo chamado fiel, tua intenção não seja de um infiel». Findo o que se seguia à preparação imediata para o batismo que compreendia duas partes principais:

a) Preparação ascética: que Cirilo descreve na Catequese Preliminar, na primeira e na segunda Catequese. Três obras a caracterizam: o jejum, a penitência e a confissão dos pecados.

Jejum: o jejum se estendia, na comunidade jerosolimitana, pelo espaço de 40 dias, inclusive os sábados e domingos, e abarcava também a abstinência de vinho e carnes. Além deste jejum quaresmal existia o jejum pascal, muito mais rigoroso. Penitência: acentua-se não só a penitência externa, mas também a interna como meio imprescindível para uma digna recepção do batismo. Diz Cirilo: «Prepara teu coração para receberes as doutrinas, para participares dos sagrados mistérios». É o convite à renúncia a todo mau hábito e à purificação dos pecados. «Deixa desde já toda obra má; que tua língua não fale palavras inconvenientes; que teu olhar já não peque mais e que teu espírito não se ocupe com coisas vãs.” Este espírito de penitência é fruto da graça de Deus implorada na oração. Por isso Cirilo insiste que seus ouvintes sejam assíduos à oração: “Reza com insistência a fim de que Deus te faça digno dos celestes e imortais mistérios. Não cesses nem de dia nem de noite”. Quarenta dias, no entanto, é pouco tempo de preparação para os que viveram entregues às vaidades. Daí a necessidade de receber com toda devoção os exorcismos, assistir às catequeses com pureza de intenção.

Confissão: São Cirilo desenvolve de modo todo especial o inciso sobre a confissão dos pecados. No início da primeira Catequese ele exclama: «Vós que estais cobertos com o manto das transgressões e estais ligados com as cadeias dos vossos pecados, escutai a voz profética que diz: Lavai-vos, purificai-vos». Em outra Catequese ele repete: «Quão excelente é confessar-se». A segunda Catequese é praticamente uma grande exortação à confissão apresentada não como mero relato de pecados, mas expressando uma situação existencial e conseqüente vontade de mudar de vida. Os termos que ocorrem para designar a confissão são significativos: (confissão) e (penitência).

b) Preparação catequética: Nota-se aqui a diferença da Igreja de Jerusalém das demais Igrejas. Como já dissemos acima, em Jerusalém se emprega toda a Quaresma para explicar o Credo, enquanto nas demais igrejas a exposição do Credo se restringe a duas ou mais apresentações. Cirilo profere vinte e três catequeses, o que por si só exprime a importância que é dada à catequese na preparação batismal. As dezoito primeiras se dirigem aos que se preparam para o batismo e comentam basicamente o Credo artigo por artigo. As últimas cinco são pronunciadas para os recém-batizados, durante a semana da Páscoa, na capela do Santo Sepulcro. As cinco tratam da doutrina, dos ritos e cerimônias dos sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia