quarta-feira, 29 de outubro de 2025

EVANGELIZAÇÃO DA JUVENTUDE DESAFIOS E PERSPECTIVAS PASTORAIS- DOC 85/2006-CNBB

 



DOC 85/2006-CNBB


 

III LINHAS DE AÇÃO

Do encontro pessoal com Jesus Cristo, nasce o discípulo, e do discipulado nasce o missionário. O encontro pessoal é a primeira etapa. Em seguida, nasce um itinerário, em cujas etapas vai amadurecendo pouco a pouco o compromisso com a pessoa e o projeto de Jesus Cristo, à luz do mistério pascal. Cada etapa abre horizontes ao jovem para definir seu projeto de vida. O jovem aprende a escutar o chamado de Cristo; a buscar uma vida interior de valores evangélicos; a sair do individualismo para pensar e trabalhar com os outros; a participar de uma comunidade eclesial concreta; a se sensibilizar como o bom samaritano com o sofrimento alheio; a participar de uma pastoral orgânica com os outros; a entender que a luta pela justiça é um elemento constitutivo da evangelização; e a se comprometer de maneira decisiva com a missão. Estas etapas devem levar a uma opção vocacional, entendida como vocação de leigo ou vocação de especial consagração, como presbítero ou religioso (a). O que sustenta a caminhada é a graça de Deus. Acreditamos que para responder de maneira qualificada aos anseios da juventude, às necessidades da Igreja e aos sinais dos tempos, necessitamos das seguintes linhas de ação:

 

1.       FORMAÇÃO INTEGRAL DO DISCÍPULO

O conceito de formação integral é importante para considerar o jovem como um todo, evitando assim reducionismos que distorcem a proposta de educação na fé, reduzindo a fé a uma proposta psicologizante, espiritualista ou politizante.

Apontamos cinco dimensões que necessitam da atenção de quem trabalha na formação dos jovens: dimensão da personalização, da integração, dimensão teológico-espiritual, social-política e dimensão da capacitação técnica.

a.       Dimensão psico-afetiva – Processo da personalização. As perguntas de fundo: Qual é a relação comigo mesmo? Quem sou eu? São perguntas de fundo importantes para o autoconhecimento e para a construção da personalidade do jovem. Sem a capacidade de autoconhecimento e autocrítica, o jovem é incapaz de analisar as situações com objetividade, de administrar os conflitos, e de se relacionar com outros de uma maneira equilibrada. Sem esta dimensão torna-se difícil a interiorização, o silêncio interior e o encontro com Deus na oração e a verdadeira conversão.

b.      Dimensão psicossocial – Processo de integração. As perguntas de fundo são: Quem é o outro? Como relacionar-se com ele? Essa dimensão acentua a importância das relações entre as pessoas que acontecem, por exemplo, nas amizades, nos grupos, na vida em comunidade, na família. A felicidade do jovem depende da sua capacidade de comunicar-se com os outros. A amizade é algo natural e importante na vida do jovem. Frente a uma cultura contemporânea que incita à concorrência, o Evangelho propõe um relacionamento baseado no amor e no serviço. Essa dimensão, então, busca motivar o jovem para o envolvimento na comunidade eclesial. Na medida em que ele se sente valorizado em suas capacidades, consegue perceber o valor de se caminhar com aqueles que partilham da mesma fé em Jesus Cristo.

 

c.       Dimensão Mística – Processo teológico-espiritual. As perguntas de fundo que o jovem se faz são: Qual é a minha relação com Deus? De onde vim? Para onde vou? Qual o sentido da minha vida? Qual o sentido da morte? Qual o sentido do sofrimento?  O ser humano foi feito para um horizonte mais amplo do que o bem-estar material. O teológico e o espiritual não só caminham juntos, mas se complementam. A dimensão teológica é cultivada no estudo, na catequese e no aprofundamento dos dados básicos da fé. Desse aprofundamento fazem parte a iniciação à leitura da Palavra de Deus, do conhecimento de Jesus Cristo e da Igreja. A dimensão espiritual corresponde à experiência de Deus. Isso pode ser feito através de retiros, da vivência sacramental e da oração. Não basta estudar Deus; é necessário também ter uma experiência de Deus. A relação com Deus está também presente nas outras dimensões e as ilumina.

 

d.      Dimensão Política – Processo de participação-conscientização. As perguntas de fundo do jovem são: Qual a minha relação com a sociedade ao meu redor? Como organizar a convivência social? Podemos mudar a sociedade? A consciência da cidadania faz ver que todo poder emana do povo e em seu lugar é exercido. Essa dimensão abre o jovem para os problemas sociais em nível nacional e internacional: problemas de moradia, saúde, alimentação, a má qualidade da educação, direitos humanos desrespeitados, discriminação contra a mulher, violência, guerra, ecologia. Não se pode pregar um amor abstrato que encobre os mecanismos econômicos, sociais e políticos geradores da marginalização de grandes setores de nossa população. Aqui há necessidade de formar o jovem para o exercício da cidadania. Há necessidade de conectar a fé com a vida, a fé com a política.

 

e.       Dimensão Técnica – Processo de capacitação-metodologia. As perguntas de fundo do jovem: Qual é a minha relação com a ação? “A fé sem ação,” diz São Tiago, “está morta”. Como trabalhar? Como me organizar através de um consistente projeto pessoal de vida? Como administrar meu tempo? Como organizar as estruturas de coordenação que facilitam o acompanhamento sistemático, a comunicação, o aprofundamento e a continuidade? Como coordenar uma reunião de grupo e assegurar conclusões concretas? Como montar um curso? Como avaliar e acompanhar sistematicamente, no dia-a-dia, os processos grupais de educação na fé? Como planejar e avaliar a ação evangelizadora? As habilidades são necessárias para acompanhar as estruturas de apoio para o processo de evangelização dos jovens. Sem estas habilidades, os projetos pastorais não caminham.

 

2.       ESPIRITUALIDADE

vocação à santidade e a certeza de que a juventude é um lugar teológico da comunicação de Deus, exigem da Igreja uma proposta de espiritualidade como caminho que dê sentido à vida, em um constante diálogo com o Pai, através de Jesus, no Espírito Santo. Entendendo a espiritualidade como motivação central e bússola para orientar a vida, na direção da vontade de Deus, propomos aos jovens uma espiritualidade: centrada em Jesus Cristo e no seu projeto de vida; acolhedora do cotidiano como lugar privilegiado de crescimento e santificação; alegre e cheia de esperança; marcada pela experiência comunitária onde se medita a Palavra de Deus e se celebra a Eucaristia; apoiada no modelo do ‘sim’ de Maria e na certeza de sua presença materna e auxiliadora; conduzida pelo compromisso com o Reino, traduzida no compromisso com a transformação social a partir da sensibilidade diante do sofrimento do próximo.

Oração pessoal: O diálogo pessoal, íntimo, profundo com Jesus Cristo, no Espírito Santo, nos fortalece na dignidade de filhos diante do Pai.

Oração comunitária: É preciso recuperar o domingo como um dia especial de revigoramento espiritual.

Participação na comunidade: A espiritualidade da comunhão fraterna é essencial na vida cristã e todo jovem é convidado, desde cedo, a fazer esta experiência fundante da fé através de seu envolvimento nas diversas responsabilidades assumidas na comunidade.

Leitura orante da Sagrada Escritura: Quanto mais mergulhamos nas Escrituras, mais nos identificamos com este povo e adquirimos entendimento do que somos, para onde vamos e o que devemos fazer.

A vivência dos Sacramentos: De maneira toda especial encontramo-nos com Jesus na celebração dos sacramentos. O jovem, batizado, desejoso de se tornar adulto na fé, descobre, através da preparação e da celebração do Sacramento da Crisma, uma ocasião de receber os dons do Espírito Santo e de ser ungido, isto é, consagrado para a missão.

Devoção a Nossa Senhora: o reconhecimento da presença materna de Maria se desenvolve a partir das celebrações litúrgicas e das diversas expressões da piedade popular.

Os diversos encontros espirituais: nossa tradição eclesial comprova o valor perene de momentos especiais para os jovens e com os jovens, cuja finalidade é a formação e a espiritualidade.

As leituras e reflexões: são de grande valia as leituras teológicas e espirituais como instrumento para o fortalecimento e o crescimento da fé. A leitura da vida dos santos e de seus escritos pode contribuir enormemente para despertar ou alimentar a vida dos jovens que hoje, mais do que nunca, sentem necessidade de modelos, líderes, testemunhos.

 

3.       PEDAGOGIA DE FORMAÇÃO

Para evangelizar esta nova geração de jovens que descrevemos anteriormente contamos com a rica experiência acumulada e sistematizada pela Igreja na América Latina e no Brasil, e salientamos algumas pistas de ação:

a.       Prioridade da experiência sobre a teoria.

b.       Pedagogia de pequenos grupos e eventos de massa. Os grupos de jovens são um instrumento pedagógico de educação na fé.

c.       Níveis de evolução do processo de acompanhamento dos jovens.

·         Prestação de serviços: Neste primeiro nível, o assessor diocesano ou equipe de coordenação organiza serviços para jovens: palestras, cursos de fim de semana, encontros, eventos massivos, passeios.

·         Organização de grupos de jovens: Os grupos de jovens são um recurso pedagógico na educação na fé e também representam um passo à frente em termos de continuidade.

·         Organização dos grupos em uma rede. As estruturas de coordenação facilitam a organização de uma rede de grupos através da qual é possível deslanchar processos e não mais atividades isoladas.

·         Necessidade de um projeto pastoral compartilhado. Neste nível de evolução há um projeto pastoral compartilhado que determina a identidade da pastoral ou movimento: modelo de jovem a ser formado, tipo de espiritualidade, a imagem, de Deus e da Trindade, modelo de Igreja, relação Igreja-sociedade, relação bíblia-vida, relação fé-vida, fé-política, a maneira de celebrar.

·         Crescimento por etapas. Neste último nível de evolução há uma consciência que todo crescimento humano, incluindo o crescimento na fé, passa por etapas.

 

4.       DISCÍPULOS PARA A MISSÃO

Na evangelização da juventude deve-se estar atento ao conjunto da população jovem e não se restringir apenas àqueles que já são atingidos pela ação pastoral da Igreja. Freqüentemente os grupos de jovens e suas coordenações se fecham dentro de um pequeno círculo de amigos e conhecidos. Os jovens organizados na Igreja são uma pequena parcela da população jovem. É preciso estimular em todos o espírito missionário para que saiam em missão para levar os outros jovens a um encontro pessoal com Jesus Cristo e o projeto de vida proposta por ele. Esta é também tarefa de toda a comunidade eclesial.

A missão não se reduz apenas a trazer os jovens para as atividades da Igreja, mas também para que assumam seu papel na sociedade.

Um setor significativo da juventude sonha com a utopia de um outro mundo possível. Na maioria das experiências massivas que clamam por mudanças na sociedade e por uma outra globalização há uma grande presença da juventude.

 

5.       ESTRUTURAS DE ACOMPANHAMENTO

Sem a organização e a articulação entre si, numa rede de grupos, o assessor se vê obrigado a acompanhar os jovens individualmente, o que se torna muito difícil. Sem a organização, os grupos se fecham numa visão limitada e superficial.

Há um aumento da motivação por parte dos jovens ao perceberem que fazem parte de um projeto mais amplo, em que as estruturas participativas promovem o protagonismo dos jovens, aumentam a motivação e compromisso.

Participando das estruturas da organização, o jovem desenvolve importantes habilidades de liderança, capacidade de escutar os outros, de superar a timidez e falar em público, de organizar e comunicar suas ideias de maneira sistematizada, de conduzir uma reunião, de analisar criticamente a sociedade ao seu redor, de motivar e acompanhar processos individuais e grupais, de planejar e avaliar a ação pastoral.

A participação nas estruturas de coordenação é uma maneira eficaz de viver a espiritualidade do Evangelho. Frente ao individualismo da cultura contemporânea, o jovem aprende a vivenciar o mandamento novo trabalhando em equipe com os outros. Aprende a humildade e a capacidade de dialogar. No meio dos conflitos vê-se obrigado a aceitar as críticas, a escutar as opiniões dos outros, a entender a perspectiva dos outros, ser podado para crescer mais. Aprende que não pode impor seus conceitos, que é preciso abrir os horizontes para escutar outros fatos e outras evidências. A participação nas estruturas da organização é uma maneira para mudar mentalidades e comportamentos. O ambiente cultural que educa o jovem para o individualismo é combatido na prática cotidiana dos grupos e equipes de coordenação. As estruturas organizativas precisam ser avaliadas e atualizadas em vista da missão e do serviço.

A Nova nomenclatura “Setor Juventude” está sendo usado para significar o segundo sentido e eliminar a ambigüidade e adequar melhor as estruturas organizativas à nova realidade.

 

 

6.       MINISTÉRIO DA ASSESSORIA

Desejamos identificar e capacitar assessores adultos, pois não há processo de educação na fé sem acompanhamento, e não há acompanhamento sem acompanhante. Enquanto em nossas dioceses não houver adultos e jovens-adultos que se responsabilizem efetivamente por um consistente trabalho juvenil local, os resultados serão sempre aquém do desejado.

 

7.       DIÁLOGO FÉ E RAZÃO

Os argumentos intelectuais para serem convincentes devem ser acompanhados pelo testemunho de uma vida cristã autêntica. A imagem que a Igreja projeta na sociedade é muito importante para a evangelização de uma juventude cada vez mais escolarizada: uma igreja comprometida com os setores marginalizados da sociedade, que evangeliza a partir do testemunho e dinamismo de seus membros, de maneira especial de jovens que são apóstolos de outros jovens, uma Igreja alegre e acolhedora que ama e acredita nos jovens.

A importância da Pastoral universitária

8.       O DIREITO À VIDA

Frente à situação de extrema vulnerabilidade a que está submetida a imensa maioria dos jovens brasileiros, é necessária uma firme atuação de todos os segmentos da Igreja no sentido de garantir o direito dos jovens à vida digna e ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades. Isso se desdobra e concretiza no direito à educação, ao trabalho e à renda, à cultura e ao lazer, à segurança, à assistência social; à saúde e à participação social. 

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

CALENDÁRIO PASTORAL: NOVEMBRO - DEZEMBRO 2025

 




PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULO – COMPENSA, MANAUS


 (eventos maiores)

 

NOVEMBRO

Sábado 1

9: encontro de planejamento da PASCOM com a presença de padre Paolo

15 Pastoral do dízimo

16 Coordenadores de comunidades e administrativos

17 Coordenação da Liturgia

18: Caritas 

19,30: encontrão do ECC

 

DOMINGO 2 FINADOS

16: missa cemitério Recando da Paz

 

Sábado 8

16: encontro Catequese paroquial

17: encontro assessores e Coordenadores dos grupos da PJ

19,30: Conselho Pastoral Paroquial

DOMINGO 9

10,30: encontro equipes litúrgicas para pensar o tempo de advento e Natal


 

Sábado 15

17: encontro ministros

DOMINGO 16 DIA MUNDIAL DOS POBRES (Tema: Tu és a minha esperança)

8,30: Assembleia das comunidades


 Terça feira 18

19: Primeiro dia do Triduo de Cristo Rei


Quarta feira 19

19: segundo dia do Triduo de Cristo Rei que vai celebrar junto com o povo de São Pedro

19: festa dos 39 anos da comunidade de são Pedro


Quinta feira 20

19: terceiro dia do Triduo de Cristo Rei


Sábado 22

16: ação da pastoral da criança nas três comunidades onde está presente

18: encontro crismandos (confissões)

19,30: encontrão formativo da juventude sobre o documento 85 da CNBB (salão padre Menezes)


DOMINGO 23 CRISTO REI DO UNIVERSO

14: retiro espiritual dos crismandos/as (Igreja são Vicente)

18: Dia da festa de Cristo Rei. Concentração na frente de são Vicente para a procissão e logo em seguida, santa Missa do padroeiro de Cristo Rei. Todas as comunidades e pastorais são convidados. 

 

Sábado 29

ação social CARITAS por blocos na paróquia. (S.A/ S.I/ S.S/ N.S.R) e ( S.V/ S.P/ C.R)

19: casamento em são Vicente

DOMINGO 30 PRIMEIRO DOMINGO DO TEMPO DE ADVENTO

19,30: Crisma com dom Hudson

 

DEZEMBRO

Sábado 6

15 Pastoral do dízimo

16 Coordenadores de comunidades e administrativos

17 Coordenação da Liturgia

18: Caritas 

19,30: encontrão do ECC (salão Menezes)

19,30: 50 anos de matrimonio de Terezinha

DOMINGO 7 SEGUNDO DOMINGO DO TEMPO DE ADVENTO 

20,30: encontro com os novos crismandos

SEGUNA FEIRA 8 NOSSA SENHORA DA IMACULADA CONCEIÇÃO

 

Sábado 13

16: encontro Catequese paroquial

17: encontro assessores e Coordenadores dos grupos da PJ

19,30: Conselho Pastoral Paroquial

DOMINGO 14 TERCEIRO DOMINGO DO TEMPO DE ADVENTO

10,30: ASSEMBLEIA DA JUVENTUDE

 

Sábado 20

17: encontro ministros

 

DOMINGO 21 QUARTO DOMINGO DO TEMPO DE ADVENTO

8,30: Retiro espiritual do tempo de advento preparando o Natal

 

QUARTA FEIRA 24: VIGILHA DE NATAL

18: missa da vigília (santo Antônio)

20: missa da vigília (são Vicente)

QUINTA FEIRA 25: NATAL DO SENHOR


DOMINGO 28 FESTA DA SAGRADA FAMILIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ

19,30: Missa são Vicente animanda pelo ECC e pela pastoral familiar

 

QUARTA FEIRA 31

18: missa encerramento 2025 e rezando pelo ano novo (santo Antônio)

20: missa encerramento 2025 e rezando pelo ano novo (são Vicente)

 

sábado, 25 de outubro de 2025

ADORAÇÃO EUCARISTICA 30 OUTUBRO 2025

 



 

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

 

 

Canto de exposição ao Santíssimo

Motivação do coordenador pastoral ou do ministro

Momento de silencio

Leitura da Bíblia: Lc 12, 35-40

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar! Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. Vós também, ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes".

Momento de silencio

Canto de meditação

Silencio

Leitura Patrística:  Papa Francisco

As Leituras que ouvimos suscitam em nós, em mim, duas palavras: espera  e surpresa .

espera  manifesta o sentido da vida, pois vivemos na expetativa do encontro: o encontro com Deus, que hoje é o motivo da nossa oração de intercessão, especialmente pelos Cardeais e Bispos falecidos durante o último ano, pelos quais oferecemos em sufrágio este Sacrifício eucarístico.

Todos vivemos na expetativa, na esperança de um dia ouvir aquelas palavras de Jesus: «Vinde, benditos do meu Pai» (Mt  25, 34). Estamos na sala de espera do mundo para entrar no paraíso, para participar naquele “banquete para todos os povos” de que nos falou o profeta Isaías (cf. 25, 6). Ele diz algo que aquece o nosso coração porque levará a cumprimento precisamente as nossas maiores expetativas: o Senhor «eliminará para sempre a morte» e «enxugará as lágrimas em cada rosto» (v. 8). É bom quando o Senhor vem enxugar as lágrimas! Mas é muito mau, quando esperamos que seja outra pessoa, e não o Senhor, que as enxugará. E pior ainda, não ter lágrimas. Então poderemos dizer: «Este é o Senhor em quem esperamos — aquele que enxuga as lágrimas — alegremo-nos, exultemos pela sua salvação» (v. 9). Sim, vivemos na expetativa de receber bens tão grandes e bons que nem sequer os conseguimos imaginar, pois como nos recordou o apóstolo Paulo, «somos herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo» (Rm  8, 17) e “esperamos viver para sempre, esperamos a redenção do nosso corpo” (cf. v. 23).

Irmãos e irmãs, alimentemos a expetativa do Céu, exercitemos o desejo do paraíso. Far-nos-á bem, hoje, perguntar-nos se os nossos desejos têm a ver com o Céu . Pois corremos o risco de aspirar constantemente a coisas que passam, de confundir os desejos com as necessidades, de antepor as expetativas do mundo à espera de Deus. Mas perder de vista o que importa para perseguir o vento seria o maior erro da vida. Olhemos para cima, porque estamos a caminho do Alto, pois as coisas daqui não irão para lá: as melhores carreiras, os maiores sucessos, os títulos e reconhecimentos mais prestigiosos, a riqueza acumulada e os ganhos terrenos, tudo esvaecerá num instante, tudo. E todas as expetativas neles depositadas ficarão desapontadas para sempre. No entanto, quanto tempo, quanto esforço e energia gastamos, preocupando-nos e amargurando-nos por estas coisas, deixando desvanecer-se a tensão pela casa, perdendo de vista o sentido do caminho, a meta da viagem, o infinito para o qual tendemos, a alegria pela qual respiramos! Perguntemo-nos: vivo o que digo no Credo, “Aguardo — isto é — a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir”? E como está a minha espera? Sou capaz de ir ao essencial ou distraio-me com muitas coisas supérfluas? Cultivo a esperança ou vou em frente queixando-me, porque dou demasiado valor a muitas coisas que não contam e que depois passarão?

À espera de amanhã, ajuda-nos o Evangelho de hoje. E aqui surge a segunda palavra que gostaria de partilhar convosco: surpresa . Porque é grande a surpresa cada vez que ouvimos o capítulo 25 de Mateus. É semelhante à dos protagonistas, que dizem: «Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber?  Quando te vimos estrangeiro e te acolhemos, ou nu e te vestimos? Quando te vimos doente ou prisioneiro e te fomos visitar?» (vv. 37-39). Quando?  Assim se manifesta a surpresa de todos, o enlevo dos justos e a consternação dos injustos.

Quando?  Também nós o poderíamos dizer: esperaríamos que o juízo sobre a vida e sobre o mundo tivesse lugar sob o sinal da justiça, perante um tribunal resolutivo que, filtrando todos os elementos, lance luz para sempre sobre as situações e as intenções. Ao contrário, no tribunal divino, o único mérito e acusação é a misericórdia para com os pobres e os descartados: «Tudo o que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizestes», sentencia Jesus (v. 40). O Altíssimo parece estar nos mais pequeninos. Quem habita nos céus vive entre os mais insignificantes do mundo. Que surpresa! Mas o juízo terá lugar desta forma porque será feito por Jesus, o Deus do amor humilde, Aquele que, nascido e morto pobre, viveu como servo. A sua medida é um amor que vai além das nossas medidas, e a sua medida de juízo é a gratuidade. Assim, para nos prepararmos, sabemos o que fazer: amar gratuitamente e a fundo perdido, sem esperar uma retribuição, quem entra na sua lista de preferências, quem não nos pode dar nada em troca, quem não nos atrai, quem serve os mais pequeninos.

Esta manhã recebi uma carta de um capelão de um lar de crianças, um capelão protestante, luterano, numa casa de crianças na Ucrânia. Crianças órfãs de guerra, crianças sozinhas, abandonadas. Ele disse: “Este é o meu serviço, acompanhar estes descartados, porque perderam os pais, a guerra cruel deixou-os sozinhos!”. Este homem faz o que Jesus lhe pede: cuidar dos mais pequeninos na tragédia. E quando li esta carta, escrita com tanta dor, fiquei comovido e disse: “Senhor, vê-se que Tu continuas a inspirar os verdadeiros valores do Reino”.

Quando?  dirá este pastor quando se encontrar com o Senhor. Aquele “quando” surpreendido, que aparece quatro vezes nas perguntas que a humanidade dirige ao Senhor (cf. vv. 37.38.39.44), chega tarde, apenas «quando  o Filho do Homem vier na sua glória» (v. 31). Irmãos, irmãs, não nos deixemos surpreender também nós. Tenhamos muito cuidado para não adoçar o sabor do Evangelho. Pois muitas vezes, por conveniência ou conforto, tendemos a atenuar a mensagem de Jesus, a diluir as suas palavras. Admitamos, tornamo-nos muito hábeis a ceder a compromissos em relação ao Evangelho. Sempre até aqui, até ali — compromissos. Dar de comer aos famintos, sim, mas a questão da fome é complexa, e certamente não consigo resolvê-la! Ajudar os pobres, sim, mas depois as injustiças devem ser tratadas de certa forma e por isso é melhor esperar, também porque se eu me comprometer, corro o risco de ser sempre incomodado e talvez me aperceba que poderia ter feito melhor; é melhor esperar um pouco. Estar perto dos doentes e dos presos, sim, mas nas manchetes dos jornais e nas redes sociais há outros problemas mais urgentes, então por que precisamente eu deveria interessar-me por eles? Acolher migrantes, sim, claro, mas é uma questão geral complicada, diz respeito à política... Não me envolvo nestes assuntos... Sempre compromissos: “sim, sim...”, mas “não, não”. Estes são os compromissos que fazemos em relação ao Evangelho. Tudo “sim” mas, no final, tudo “não”. E assim, à força de “mas” e de “contudo” — tantas vezes somos homens e mulheres de “mas” e “contudo” — fazemos da vida um compromisso em relação ao Evangelho. De simples discípulos do Mestre tornamo-nos mestres da complexidade, que discutem muito e fazem pouco, que procuram respostas mais diante do computador do que perante o Crucifixo, na internet e não no olhar dos irmãos e irmãs; cristãos que comentam, debatem e expõem teorias, mas não conhecem pelo nome nem sequer uma pessoa pobre, não visitam um doente há meses, nunca deram de comer nem vestiram alguém, nunca fizeram amizade com um necessitado, esquecendo que «o programa do cristão é um coração que vê» (Bento XVI, Deus caritas est, 31).

Quando?  A grande surpresa: surpresa da parte justa e da parte injusta, quando? Tanto os justos como os injustos se perguntam surpreendidos. A resposta é uma só: o quando é agora,  hoje, à saída desta Eucaristia. Agora, hoje! Está nas nossas mãos, nas nossas obras de misericórdia: não nas especificações e nas análises requintadas, não nas justificações individuais ou sociais. Nas nossas mãos, e nós somos responsáveis. Hoje o Senhor lembra-nos que a morte consegue lançar a verdade sobre a vida, removendo todos os atenuantes à misericórdia.  Irmãos, irmãs, não podemos dizer que não sabíamos. Não podemos confundir a realidade da beleza com a maquilhagem feita artificialmente. O Evangelho explica como viver a espera:  vai-se ao encontro de Deus amando, porque Ele é amor. E, no dia da nossa despedida, a surpresa  será feliz se agora nos deixarmos surpreender pela presença de Deus, que nos espera entre os pobres e feridos do mundo. Não tenhamos medo desta surpresa: progridamos naquilo que o Evangelho nos diz, para ser julgados justos no final. Deus espera ser acariciado não com palavras, mas com gestos.

 

 

Silencio

Canto de meditação

Silencio

Preces espontâneas (o ministro convida a partilhar pedidos a voz alta)

Pai nosso

Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.

CALENDÁRIO PASTORAL 27 OUTUBRO-2 NOVEMBRO 2025

 



 

 

SEGUNDA 27

8-9: projeto Melhor idade, vida saudável (Santo Antônio)

15: projeto Terceira idade, amizade e união (São Vicente)

17: projeto capoeira (São Vicente)

18: Projeto capoeira (santo Antônio)

19,30: terço dos homens na comunidade santo Antônio

19: Grupo de oração Mensageiros da paz: são Vicente

19: Canja Cáritas Cristo Rei

 

TERÇA 28

7,30: projeto Viva a melhor idade (São Pedro)

9-11: visita dos ministros aos doentes e idosos da comunidade são Pedro

15: visita dos ministros aos doentes e idosos da comunidade santo Antônio

18: projeto capoeira (São Pedro)

18: Projeto Margens: Ballet (são Vicente)

19:  Projeto Margens: Dirty Dncing (são Vicente)

19: Novena nas comunidades

20: canja Cáritas da comunidade em são Pedro

 

QUARTA 29

6-7,30: cafezinho Cáritas em santo Antônio

8-9: projeto Melhor idade, vida saudável (Santo Antônio)

15-18: atendimento psicológico (paróquia)

18: projeto capoeira (São Vicente)

18: Projeto capoeira (santo Antônio)

19,30: em são Pedro encontro sobre o sacramento do Matrimonio com padre Paolo

 

QUINTA 30

7,30: projeto Viva a melhor idade (são Pedro)

15-18: atendimento psicológico (paróquia)

18:  Projeto Margens: Teclado (são Vicente)

19:  Projeto Margens: Violão (são Vicente)

18: projeto capoeira (São Pedro)

19: adoração eucarística nas comunidades.

20: Canja Cáritas comunidade são Sebastião

 

SEXTA 31

6: cafezinho Cáritas comunidade de Santo Inacio

8-9: projeto Melhor idade, vida saudável (Santo Antônio)

18: Projeto capoeira (santo Antônio)

19: grupo de oração são Pedro

19: Conselho pastoral ampliado na comunidade de N.S. di Rosário com padre Paolo

 

SÁBADO 1 NOVEMBRO – DIA DE TODOS OS SANTOS

Aniversário da chegada de padre Paolo na paróquia: dois anos

8-18: o padre atende na secretária paroquial

9: encontro planekamento com a PASCOM

10: encontro com a pastoral da saúde e do Batismo

11. encontro coordenação PJ são Pedro

8-12: atendimento psicológico (paróquia)

8-12:  Projeto Margens: aula de inglês (são Vicente)

Tarde: equipes litúrgicas nas comunidades preparando as celebrações

Tarde: catequese nas comunidades

14-18: atendimento psicológico (paróquia)

15 Pastoral do dízimo

16 Coordenadores de comunidades e administrativos

17 Coordenação da Liturgia

18: Caritas 

18: Canja Cáritas comunidade do Rosário

19: Encontro de formação do ECC: a pobreza evangélica na vida da familia

 

DOMINGO 2 DIA DOS FINADOS

7,30: Missa Santo Antônio

9: Missa Cristo Rei

10: visita aos doentes (comunidade são Sebastião)

16: Missa no cemitério Parque recanto da Paz (Iranduba). Celebra padre Paolo com a equipe litúrgica paroquial.

19,30: Missa são Vicente