Canto de exposição ao Santíssimo
Motivação do coordenador pastoral ou do ministro
Momento de silencio
Leitura da Bíblia: Evangelho de Marcos 14, 12-26
No primeiro
dia da festa dos pães sem fermento, quando se costumava sacrificar o cordeiro
pascal, os discípulos de Jesus lhe perguntaram: "Onde queres que vamos e
te preparemos a refeição da Páscoa?" Então ele enviou dois de seus
discípulos, dizendo-lhes: "Entrem na cidade, e um homem carregando um pote
de água virá ao encontro de vocês. Sigam-no e digam ao dono da casa em que ele
entrar: O Mestre pergunta: Onde é o meu salão de hóspedes, no qual poderei
comer a Páscoa com meus discípulos? Ele mostrará uma ampla sala no andar
superior, mobiliada e pronta. Façam ali os preparativos para nós". Os
discípulos se retiraram, entraram na cidade e encontraram tudo como Jesus lhes
tinha dito. E prepararam a Páscoa.
Ao
anoitecer, Jesus chegou com os Doze. Quando estavam comendo, reclinados à mesa,
Jesus disse: "Digo que certamente um de vocês me trairá, alguém que está
comendo comigo". Eles ficaram tristes e, um por um, lhe disseram:
"Com certeza não sou eu!" Afirmou Jesus: "É um dos Doze, alguém
que come comigo do mesmo prato. O Filho do homem vai, como está escrito a seu
respeito. Mas ai daquele que trai o Filho do homem! Melhor lhe seria não haver
nascido". Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o
deu aos discípulos, dizendo: "Tomem; isto é o meu corpo". Em seguida
tomou o cálice, deu graças, ofereceu-o aos discípulos, e todos beberam. E
disse-lhes: "Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de
muitos. Eu afirmo que não beberei outra vez do fruto da videira, até aquele dia
em que beberei o vinho novo no Reino de Deus". Depois de terem cantado um
hino, saíram para o monte das Oliveiras.
Momento de silencio
Canto de meditação
Silencio
Leitura
Patrística: SANTO AGOSTINHO, HOMILIA 272. (Sobre a
Eucaristia)
Aquilo que
agora vocês estão vendo sobre o altar de Deus, já o viram a noite passada, porém
ainda não falamos o que coisa é e o que significa e que profundos mistérios e
ensinamentos escondem. O que vocês vêem,
pois? Um pão e um cálice: dos quais são testemunhos os vossos mesmos olhos,
embora, para a ilustração da vossa fé, dizemos que este pão é o corpo de Cristo
e o cálice seu mesmo sangue. Tem aqui a verdade em duas palavras e pode ser
suficiente pela fé, mas a fé requere conhecimento, deseja instruir-se; é assim
que fala o profeta: “Não entendereis se
vocês não acreditareis” ( Is 7,9).
Agora vocês
poderão dizer-me: “Pode nos pedir de crer, explica para nós para que possamos
entender”. Talvez surja em alguém esta idéia: “Sabemos perfeitamente de onde
tomou a sua carne Nosso Senhor Jesus Cristo: da Virgem Maria, quando menino,
foi amamentado e, alimentando-se, foi crescendo, se fez homem, foi perseguido
pelos judeus pendurando-o no madeiro e no madeiro morreu. Desceu da cruz, foi
sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, apareceu e subiu ao céu levando pra lá
o seu corpo. Daqui verá para julgar os vivos e os mortos e agora está sentado a
direita de Deus Pai...” Como pode este pão ser o seu corpo? E este cálice – ou
melhor, o que ele contém – como pode ser o seu sangue?
Estas
coisas, meus irmãos, chamem-se sacramentos precisamente porque uma coisa dizem
aos olhos e outra á inteligência. O que
os olhos vêem tem aparências corporais, porém encerram uma graça espiritual.
Se quereis
entender o que es o corpo de Cristo escutai o Apostolo; vê o que ele diz para
os fiéis: “Vós sois o corpo de Cristo e
os seus membros ( 1Cor 12,27). Se, pois, vós sois o corpo e os membros de
Cristo, o que está sobre a santa mesa é um símbolo de vós mesmos, o que
recebeis é o vosso mesmo emblema. Vós mesmos o reafirmais ao responder: Amém.
Se dissemos: eis aqui o corpo de Cristo, e vós respondeis: Amém; assim é. Sois,
pois, membros de Cristo para responderem com verdade: Amém. E porque atrás das
aparências do pão? Não acrescentamos nada de nosso. É o Apostolo que diz,
falando acerca deste sacramento: “Embora
muitos em número, somos um só pão, um só corpo” (1 Cor, 10,17). Entende
isso e regozija-te! Oh unidade! Oh Verdade! Oh Piedade! Oh caridade! Um só pão.
Que pão é este? Um só corpo.
Recorda-te
que o mesmo pão não se formou de um só grão, mas de muitos. Quando recebestes
os exorcismos, estáveis, na maneira de falar, de baixo da mola do moinho;
quando recebestes o Batismo fostes triturados em massa e, de certo modo, o fogo
do Espírito Santo vos cozinhou. Sedes o que vedes e recebeis o que sois. É isso
que o apostolo disse sobre este pão.
E a
respeito do cálice, embora não disse nada, o deixou entrever. Para formar esta
aparência sensível do pão, se conglutinou, mediante a água, a farinha de muitos
grãos, símbolo do que a escritura dizia dos primeiros fieis: “Só tinham um só coração e uma só alma em Deus”
( At 4,32). Assim acontece com o vinho. Lembram, irmãos, como se faz. Muitos
grãos penduram formando um galho, porém o licor dos grãos se confunde em um só.
Tal é o
modelo que nos deu o nosso Senhor Jesus Cristo; assim é como quis nos unir á
sua pessoa e consagrou sobre a sua mesa o mistério simbólico da paz e união que
deve reinar entre nós. Que recebe o mistério da unidade e não tem o vínculo da
paz, não recebe um mistério que lhe seja de proveito, mas sim um sacramento que
o condena.
Voltados
pois, a Deus Nosso Senhor, Pai Todo- poderoso, com pureza de coração e á medida
escassa da nossa possibilidade, lhe demos grandíssima e sinceríssima graça,
suplicando com muito empenho a sua incomparável bondade, se digne de ouvir com
gratidão as nossas orações e afastar com seu poder das nossas obras e
pensamentos a influência do inimigo; e nos acrescente a fé, e governe o nosso
espírito, e nos dê pensamentos espirituais, nos guie e leve á bem-aventurança
em nome de Jesus Cristo, seu Filho. Amem.
Silencio
Canto de meditação
Silencio
Preces espontâneas (o ministro convida a
partilhar pedidos a voz alta)
Pai nosso
Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.