DIRETÓRIO
HOMILETICO (2014)
Síntese:
Paolo Cugini
O presente Diretório homilético quer dar uma resposta
ao pedido feito pelos participantes do Sínodo dos Bispos celebrado em 2008
sobre a Palavra de Deus.
Acolhendo o pedido, o Papa Bento XVI pediu às
autoridades competentes de preparar um Diretório sobre a homilia.
Por muitos séculos a pregação foi frequentemente um
ensinamento moral ou doutrinal pronunciado por ocasião da Missa festiva, mas
não necessariamente integrada na mesma celebração.
Ora, com o movimento litúrgico católico, iniciado no
final do século XIX, tentou integrar a piedade pessoal e a espiritualidade
litúrgica dos fiéis, assim se deram esforços voltados a aprofundar a ligação
intrínseca entre a Escritura e o culto.
A finalidade do presente Diretório é de apresentar o escopo da homilia como foi descrita
nos documentos da Igreja, do Concílio Vaticano II até a Exortação apostólica
Evangelii gaudium, e oferecer um guia baseado sobre estas fontes a fim de
ajudar os pregadores a cumprir correta e eficazmente a sua missão.
Ao introduzir o argumento podemos notar quatro temas
de relevante importância, brevemente descritos nos documentos conciliares.
O primeiro é
naturalmente o lugar da Palavra de Deus na celebração litúrgica e o que isto significa para a função da homilia (cf.
SC 24, 35, 52, 56).
O segundo concerne os princípios de interpretação
bíblica católica enunciados pelo Concílio, que encontram uma particular expressão na homilia
litúrgica (cf. DV 9-13, 21).
O terceiro aspecto se refere às consequências desta
compreensão da Bíblia e da liturgia para o pregador mesmo,
o qual deve modelá-la não apenas à sua abordagem ao
preparar a homilia, mas também a sua inteira vida espiritual (cf. DV 25,
Presbyterorum ordinis 4, 18).
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Por
fim, o quarto aspecto se refere às necessidades daqueles a quem se dirige a
pregação da Igreja,
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as
suas culturas e situações de vida, também estas determinantes da forma da
homilia, pois esta tem a função de converter a existência ao Evangelho de quem
a escuta (cf. Ad gentes 6).
O essencial é que o pregador:
- ponha a palavra de Deus no centro da própria vida espiritual,
- conheça bem o seu povo,
- reflita sobre os acontecimentos do seu tempo,
- procure incessantemente desenvolver as capacidades que o ajudem a
pregar de maneira apropriada e, sobretudo, que, consciente da própria pobreza espiritual,
- invoque na fé o Espírito Santo como o principal artífice ao tornar dócil aos
divinos mistérios o coração dos fiéis.
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