ASCENSÃO DO SENHOR
Canto de exposição ao Santíssimo
Motivação do coordenador pastoral ou do ministro
Momento de silencio
Leitura da Bíblia: Lc 24, 46-52
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 46 "Assim
está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47 e
no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as
nações, começando por Jerusalém. 48 Vós sereis testemunhas de tudo
isso. Eu enviarei sobre vós aquele que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei
na cidade, até que sejais revestidos da força do alto". 50 Então
Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e
abençoou-os. 51 Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado
para o céu. 52 Eles o adoraram. Em seguida voltaram para Jerusalém,
com grande alegria. 53 E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus.
Momento de silencio
Canto de meditação
Silencio
Leitura Patrística: São Cirilo de Alexandria
Comentário sobre o Evangelho de São João
“Nosso Senhor Jesus Cristo nos inaugurou um caminho
novo e vivo”
Se na casa de Deus Pai não houvesse muitas moradas -
dizia o Senhor - seria causa suficiente para antecipar-me a preparar mansões
para os santos; mas como sei que já existem muitas preparadas esperando a
chegada dos que amam a Deus, não é esta a causa da minha partida, mas a de
preparar-vos o retorno ao caminho do céu, como se prepara uma estância, e
aplainar o que um tempo era intransitável. De fato, o céu era absolutamente
inacessível ao homem e jamais, até então, a natureza humana tinha penetrado no puro
e santíssimo âmbito dos anjos. Cristo foi o que primeiro inaugurou para nós
esta via de acesso, e facilitou ao homem o modo de lá subir, oferecendo-se a si
mesmo a Deus Pai como primícias dos mortos e dos que jazem na terra. Ele é o
primeiro homem que se manifestou aos espíritos celestiais.
Por esta razão, os anjos do céu, ignorando o majestoso
e grandioso mistério daquela vinda na carne, contemplavam atônitos e
maravilhados àquele que ascendia, e, assombrados frente ao inovador e inaudito
espetáculo, não puderam deixar de exclamar: Quem é este que vem de
Edom?, isto é, da terra. Mas o Espírito não permitiu que aquela multidão
celeste continuasse na ignorância da maravilhosa sabedoria de Deus Pai, antes
mandou que se lhes abrissem as portas do céu como a Rei e Senhor do universo,
exclamando: Portões! Erguei os frontões, que se ergam as antigas
portas, que o Rei da glória vai entrar.
Portanto, nosso Senhor Jesus Cristo nos inaugurou um
caminho novo e vivo, como diz Paulo: Entrou em um santuário não
construído por homens, mas no próprio céu, para colocar-se diante de Deus,
intercedendo por nós. Na realidade, Cristo não subiu ao céu para
manifestar-se a si mesmo diante de Deus Pai: ele estava, está e estará sempre
no Pai e à vista do que o gerou; ele é sempre o objeto de suas complacências.
Porém, agora sobe em sua condição de homem, dando-se a conhecer de uma maneira
extraordinária e desacostumada o Verbo que anteriormente estava desprovido da
humanidade. E isto por nós e em nosso proveito, de maneira que, apresentando-se
como simples homem, apesar de ser Filho onipotente, e tendo ouvido na carne
aquele convite real: Senta-te a minha direita, mediante a adoção
pudesse transmitir por si mesmo a todo gênero humano a glória da filiação.
Realmente ele é um de nós, enquanto que apareceu á
direita de Deus Pai na qualidade de homem, se bem que superior a toda criatura
e consubstancial ao Pai, já que ele é o reflexo de sua glória, Deus de Deus,
luz da luz verdadeira. Se apareceu, pois, por nós diante do Pai, foi para
colocar-nos novamente junto ao Pai, a nós que, em força da antiga prevaricação,
tínhamos sido afastados de sua presença. Sentou-se como Filho, para que também
nós, como filhos, fôssemos nele chamados filhos de Deus. Por isso, Paulo, que
pretende ser portador de Cristo que fala nele, ensina que as coisas acontecidas
de forma especial a respeito de Cristo são comuns à natureza humana,
dizendo: Nos ressuscitou com Cristo e nos fez assentar no céu com ele.
Propriamente falando, é exclusivo de Cristo enquanto
Filho por natureza, a dignidade e a glória de sentar-se com o Pai, glória que
afirmamos somente a Ele se há de atribuir de forma adequada e verdadeiramente.
Mas dado que quem se senta é nosso semelhante enquanto que se manifestou como
homem e ao mesmo tempo é reconhecido como Deus de Deus, resulta que de alguma
maneira comunica a nós a graça de sua própria dignidade.
Silencio
Canto de meditação
Silencio
Preces espontâneas (o ministro convida a
partilhar pedidos a voz alta)
Pai nosso
Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.
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