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sabato 2 novembre 2024

ADORAÇÃO EUCARISTICA - A POBRE VIUVA

 




Canto de exposição ao Santíssimo

Motivação do coordenador pastoral ou do ministro

Momento de silencio

Leitura da Bíblia: Marcos 12,38-44

Naquele tempo, Jesus dizia, no seu ensinamento a uma grande multidão: "Tomai cuidado com os doutores da Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas; gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes.  Eles devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior condenação".  Jesus estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias.  Então chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada.  Jesus chamou os discípulos e disse: "Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas.  Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver".


Momento de silencio

Canto de meditação

Silencio

Leitura Patrística:  Papa Francisco: homilia sobre Mc 12,38-44

A cena descrita no Evangelho da Liturgia de hoje (Mc 12,38-44) tem lugar no interior do Templo de Jerusalém. Jesus observa, olha para o que está a acontecer nesse lugar, o mais santo de todos, e vê como os escribas gostam de andar por ali para serem notados, saudados e reverenciados, e para terem lugares de honra. E Jesus diz que eles «devoram as casas das viúvas a pretexto de longas orações» (v. 40). Ao mesmo tempo, os seus olhos vislumbram outra cena: uma pobre viúva, precisamente uma daquelas exploradas pelos poderosos, lança ao tesouro do Templo «tudo o que possuía, todo o seu sustento» (v. 44). Assim diz o Evangelho, ela deitou no tesouro todo o seu sustento. O Evangelho apresenta-nos este forte contraste: os ricos, que dão o que é supérfluo para se mostrarem, e uma mulher pobre que, sem aparecer, oferece todo o pouco que possui. Dois símbolos de atitudes humanas.

Jesus olha para as duas cenas. E é precisamente este verbo - “olhar” - que resume o seu ensinamento: daqueles que vivem a fé com duplicidade, como os escribas, e devemos “ter cuidado” para não nos tornarmos como eles; enquanto para a viúva devemos “olhar” a fim de tomá-la como modelo. Detenhamo-nos nisto: cuidado com os hipócritas e olhar para a pobre viúva.

Antes de tudo, cuidado com os hipócritas, ou seja, prestar atenção para não basear a vida no culto da aparência, da exterioridade, no cuidado exagerado da própria imagem. E, sobretudo, cuidado para não submeter a fé aos nossos interesses. Aqueles escribas cobriam, com o nome de Deus, a própria vanglória e, pior ainda, usavam a religião para tratar dos seus negócios, abusando da sua autoridade e explorando os pobres. Aqui vemos essa atitude muito negativa que ainda hoje há em tantos lugares, o clericalismo, este estar acima dos humildes, explorando-os, “espancando-os”, sentindo-se perfeitos. Este é o mal do clericalismo. É uma advertência para qualquer tempo e para todos, para a Igreja e para a sociedade: nunca se aproveitar do próprio papel para esmagar os outros, nunca ganhar dinheiro à custa dos mais fracos! E vigiemos, para que não caiamos na vaidade, para que não nos fixemos nas aparências, perdendo a substância e vivendo na superficialidade. Perguntemo-nos, isso nos ajudará? No que dizemos e fazemos, queremos ser apreciados e gratificados, ou queremos estar a serviço de Deus e do próximo, especialmente dos mais fracos? Vigiemos sobre as falsidades do coração, a hipocrisia, que é uma doença perigosa da alma! É um pensamento duplo, um duplo julgamento, como a própria palavra diz: “julgar sob”, parecer de uma forma e “hipo”, sob, ter outro pensamento. Duplos, pessoas com alma dupla, duplicidade da alma.

E para curar esta doença, Jesus convida-nos a olhar para a pobre viúva. O Senhor denuncia a exploração desta mulher que, para fazer a oferta, deve regressar a casa até sem o pouco que tem para viver. Como é importante libertar o sagrado dos vínculos com o dinheiro! Jesus já o tinha dito noutra ocasião: não se pode servir a dois senhores. Ou serves a Deus - e pensamos que Ele está a dizer “ou o diabo”, não - ou Deus ou dinheiro. Ele é um senhor, e Jesus diz que não o devemos servir. Mas, ao mesmo tempo, Jesus elogia o fato de que aquela viúva deita tudo o que possui no tesouro. Não lhe sobra nada, mas encontra tudo em Deus. Ela não tem receio de perder o pouco que tem, porque confia na abundância de Deus, e esta abundância de Deus multiplica a alegria do doador. Isto também nos faz pensar naquela outra viúva, a do profeta Elias, que estava prestes a fazer um pão com a última farinha e o último óleo que tinha; Elias diz-lhe: “Dá-me de comer” e ela dá; e a farinha nunca diminuirá, um milagre (cf. 1Rs 17,9-16). O Senhor, diante da generosidade das pessoas, vai sempre além, é mais generoso. Mas é Ele, não a nossa avareza. Eis então que Jesus propõe aquela senhora como mestra de fé: ela não frequenta o Templo para limpar a própria consciência, não reza para se mostrar, não ostenta a fé, mas doa com o coração, com generosidade e gratuidade. As suas moedinhas têm um som mais bonito do que as grandes ofertas dos ricos, porque exprimem uma vida dedicada a Deus com sinceridade, uma fé que não vive das aparências, mas da confiança incondicional. Aprendamos com ela: uma fé sem enfeites exteriores, mas sincera interiormente; uma fé feita de amor humilde a Deus e aos irmãos.


Silencio

Canto de meditação

Silencio

Preces espontâneas (o ministro convida a partilhar pedidos a voz alta)

Pai nosso

Canto de reposição do Santíssimo Sacramento. 




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