Canto de exposição ao Santíssimo
Motivação do coordenador pastoral ou do ministro
Momento de silencio
Leitura da Bíblia: Marcos 8,27-35
Naquele tempo, Jesus partiu com seus discípulos para
os povoados de Cesareia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos:
"Quem dizem os homens que eu sou?" Eles responderam: "Alguns
dizem que tu és João Batista; outros que és Elias; outros, ainda, que és um dos
profetas". Então ele perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou?"
Pedro respondeu: "Tu és o Messias". Jesus proibiu-lhes severamente de
falar a alguém a seu respeito. Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o
Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos
sacerdotes e doutores da Lei; devia ser morto, e ressuscitar depois de três
dias. Ele dizia isso abertamente. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a
repreendê-lo. Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro,
dizendo: "Vai para longe de mim, Satanás! Tu não pensas como Deus, e sim
como os homens". Então chamou a multidão com seus discípulos e
disse:
"Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo,
tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la;
mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la".
Momento de silencio
Canto de meditação
Silencio
Leitura Patrística: Teodoreto de Ciro (393-457 d.C.)
Jesus chega espontaneamente à
Paixão que d’Ele estava escrita e que mais de uma vez havia anunciado aos seus
discípulos, censurando a Pedro em certa ocasião por ter aceito de má vontade
este anúncio da Paixão, e demonstrando finalmente que através dela seria salvo
o mundo. Por isso, Ele mesmo apresentou-se aos que vinham prender-lhe, dizendo:
Eu sou a quem buscais. E quando o acusavam não respondeu, e, tendo a
oportunidade de esconder-se, não o quis fazer; por mais que em várias outras
ocasiões em que o buscavam para prendê-lo, desapareceu.
Ademais, chorou sobre
Jerusalém, que com sua incredulidade preparava sua própria calamidade e
predisse sua ruína definitiva e a destruição do templo. Também sofreu com
paciência que alguns homens duplamente desprezíveis lhe batessem na cabeça. Foi
esbofeteado, cuspido, injuriado, atormentado, flagelado e, finalmente, levado
para a crucificação, deixando que o crucificassem entres dois ladrões, sendo
desta forma contado entre os homicidas e malfeitores, degustando também o
vinagre e o fel da vinha perversa, coroado de espinhos em vez de palmas e
ramos, vestido de púrpura por deboche e golpeado com uma vara, atravessado por
uma lança no lado e, finalmente, sepultado.
Com todos estes sofrimentos
buscava a nossa salvação. Porque todos aqueles que se fizeram escravos do
pecado deviam sofrer o castigo de suas obras; porém Ele, isento de todo pecado,
Ele, que caminhou até o fim pelo caminho da justiça perfeita, sofreu o suplício
dos pecadores, apagando na cruz o decreto da antiga maldição. Cristo - diz São
Paulo - nos resgatou da maldição da lei, tornando-se um maldito por nós,
porque diz a Escritura: Maldito todo aquele que pende de uma árvore. E com
a coroa de espinhos pôs fim ao castigo de Adão, ao qual foi dito após o
pecado: Maldito o solo por tua culpa: brotarão para ti abrolhos e espinhos.
Com o fel, carregou sobre si a
amargura e os desgostos desta vida mortal e passível; com o vinagre, assumiu a
natureza deteriorada do homem e a reintegrou ao seu estado primitivo. A púrpura
foi sinal de sua realeza; a vara, indício da debilidade e fragilidade do poder
do diabo; as bofetadas que recebeu anunciavam nossa liberdade, ao tolerar as
injúrias, os castigos e golpes que nós tínhamos merecido.
Seu lado foi aberto, como o de
Adão, porém não saiu dele uma mulher que com seu erro gerou a morte, mas uma
fonte de vida que vivifica o mundo com uma dupla torrente: um deles nos renova
no batistério e nos veste a túnica da imortalidade; o outro alimenta na sagrada
mesa aos que nasceram de novo pelo Batismo, como o leite amamenta aos
recém-nascidos.
Silencio
Canto de meditação
Silencio
Preces espontâneas (o ministro convida a
partilhar pedidos a voz alta)
Pai nosso
Canto de reposição do Santíssimo Sacramento.
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